domingo, 7 de dezembro de 2014

UM brinco e estamos lá...


Flores de Verdes
De dourado
Flores de terra
E pais amado

Plantadas em cama de linho
Em frente
Ao rochedo erguido


Entre o caminho
De águas assim passageiras
Fostes vós
E vossos risos
As recordações de vida primeiras

Catedrais de espuma
Alvura
Catedrais de verde vinha
Feira rio
Feita ria
Feita gentinha…

Catedrais de maiores erguidos
Entre as copas de verdejante brio – vestidos…
Catedrais quais anéis….
Arredondados
Que apontam passos ao futuro
Desde os ecos do passado…

Cuja realeza caminha
Pelas livres naves
de pedras
antigas
e sem idades

e que alma – a minha
que bebendo de fontes ocultas
se perdera das águas que seguiam
que jorrando desde longe se ouviam
e caindo qual pendentes
decoram tuas altas e nobres vertentes…

Sebes que são qual sopro
Da terra
Das gentes
Das tradições de ser ignoto…

Lembrar o palpitar que levo dentro
Desse que vai e voa
Com o vento
Entre os ramos mais livres
entre as gaivotas
Entre planícies verdes
As mais felizes…





pedras ancestrais, aguas imemorias - sacras por terem sido médulas escavadas - contra as gentes e asuas razões mais sagradas...

Quais amores perfeitos
Que falem da nossa relação
Quais as cores mais garridas
Três silabas garridas
Qual palavras escondidas

De entrega
De oração simples e singela
Rezada e prezada
Quando por dentro se leva
Manifesta por fora em copla e verso a rimar…

Na noite mas bela
A levo comigo
A se lavar
Nas águas dos sonhos
Desse nosso “ninho”
Dessas águas que reflectem
Qual espelho
O ser de luz e verdade
que se vê por dentro
se manifesta por fora
Na eterna saudade

Guardo-a na lonjania
A que ao perto mais não se via

Que de longe se aprecia

E desde o mundo do acobnchego
Qual brilhante segredo
Irradia

Noite e dia
Qual Rosinha
Qual Rosa das águas reerguida
Da fonte da pureza assim investida
Poderá dar tecto abrigo e saída
Ao cálice cheio a transbordar?

Da vida nova para a vida sarar

Sol ou luar
Rosas de vida
Cantares entre as rochas mais antigas
E as marés mais vivas
Em verde de novo a ecoar
flores do verde pinho
que tanto em meu peito vos aninho
e por eles me deixo trespassar
entre as agulhas que as guardam e que cantam
qual harpas
de brisa se erguem e levantam
o hino da nação nova a se erguer…


quando uma estrela´caia
"no jardim"
e a espada de aguas´venha junto  amim

quando se ergam linhos e leitos
e os ninhos estejam de novo direitos...





A se erguer
qual onda verde de vida nascer
por todo o lugar onde vida e verde e brio
se puder encontrar
e onde apalavra amiga
a palavra amigo
ainda tiver significado e valor Universal

qual Humanidade?
Qual saudade
Se não ford este simples e terno som
De se dar a mão
E se olhar
Frente  afrente sem duvidar
E se mostrar a coragem a confiança
Que a própria vida e a terra nos dá?...

E qual a mais fina ancoragem
D abarca que nos leve – duma a outra margem – de se caminhar
Em pleno dia
mãos dadas
Sem mais temer ou esperar
Do que aquilo que a vida nos diga
– na nossa própria fala –
saberemos nós ouvir
– ver –
- transformar…
 cada qual
– pares da roda –
 uma vida nova
numa nova dança
a se multiplicar…

dança de vida – dança a vida
dançar a vida que somos
que respiramos
que sonhamos
que partilhamos
dançar e dançar e dançar
voltas da roda a nos suster
...amparar…


Flores do verde pinar
De pinares erguidos
para a vida salvaguardar

Quanto vos añoro
Quanto este fado de vida
Esta que ainda choro
Se poderá alegrar

Com sal de amar
Que seja de sorrir
E de ver cintilar
Um “ceo”
Que sendo escuro
Cintile em vida por igual

O seu
E o meu
O nosso
O vosso olhar
Nesse tal lugar
De onde os sonhos
Jorram e fluem sem cessar

De noite… entre o plácido do luar
Entre seres sem nome
E fadas e tecidos de linhos ainda frios

De noite os hás de guardar

Qual eu guardo
E aguardo….
A esperança
Do teu regressar

Do teu regresso
A este nosso pequeno lar..
Que existe e subsiste

Num calmo e sereno palpitar
que se espante e sobressalte
se ergue e levanta e guarda
quando te vê reflectida elevada, vibrante e viva

Qual noite nova iluminada
Entre o aparente negrume
Qual branca espuma se assume
Orlas em redor… de luz e louvor…

 Engalanadas

Terras vivas e consagradas

Palpitando luz maior
Que se aninha por dentro
que nesse mágico momento
Dentre o sonho – o luar nos anunciava…


Entre as luzes desse teu terno olhar
Que se reflecte na mirada
De uma linha
Linha de uma tal água assim traçada

Que foi concebida – e mais não gerada
Concebida pelos pais
Qual janelas
Abertas

Para se namorar, uns e outros
Bem se ver
Tendo tempo
Vista  e perpectiva´de novo se aprender´pouco a pouco
Reconhecer
E de novo se encontrar…

Depois de tantos anos
“oh verdes ciganos” de andar a vagar
Peregrinando
Tanto tanto
Para de novo voltar a esse tal lugar
A esse jardim escondido
Que se julgava perdido

E que entre as flores
Do Verde Pino
Assim marcado em ouro
 E verde virtude ao se caminhar
Pelos trilhso antigos
Pelos verdes ninhos
Pelos antigos lugares a evocar

Por egrégios sons
Que se fizeram canção
A relembrar

E pelos maiores e pungentes
E eloquentes
sinais a nos chamar
De volta
De volta a casa
Passo a passo
E devagar
Relembrando
O que aprendemos
e o muito que esquecemos
de novo em nós a germinar…

Sobre um e outro
Qual lugares
Qual sonhos que guardares
Apara depois germinar
Em tua palma corações doirados
Quais sementes
Para serem semeados
Pelo deleite mais sensível
Pela gente mais humilde
Pelos lugares nos que se exprimem
nessa nossa linguagem…
…. ininteligível…




Assim sementes – vivas pulsáteis
Eloquentes e quentes sentires
E cantares
E ecos de vida nesses tão antigos
Nesses tais antigos lugares


Quando as sentes… quando os vives
Assim o és… assim despertes
Com tal força
Com tal vigor´com tal vida em teu redor
Que te sobe de lés a lés.. e começa
Simples
Na mais simples rva verde´que se faz vede em redr
E te sustenta – suave e digana – simples – ateus pés
Qual coroa de povo guardada
Em festas de luz e vida entrançada

Qual coroa de Maios – de verde e dourado

Quais fios e fitas e linhas
De novo trazidas
E na árvore viva assim contadas
E no circulo da vida assim enovo nomeadas

E entre as danças dios livres

OG flores de verde pinho
Escutando por dentro
O som da vida de amiga e amigo
Assim se entrelaça
Assim extravasa
Assim inunda de novo vida praça

Onde os tais “postes” viventes
Se fazem de novo presentes
E as rodas mostram
O que no centro as animava
E os entrelaçares da muñeira
U do vira assim em vidas novas entrançavam…


Se fazem as tuas e as minhas
As mesmas gentes
Ao nos recordar
Que os muros e bandeira
Forma levantados´para nos separar

E não há força que remova
A força de saber amar

Nem linha que suprima linguagem mais antiga´de se reerguer e de alto a alto de novo cantar
E em vale d’ourado
Que é o que vemos de lado alado

Verde pinho´meu amado
Minha rosa assim soado

Um canto irmanado
Seja assim de novo lembrado….

Amores perfeitos

Amores de vida
Que entre três cores
manifestam três luzes

de amar esquecidas…

mesmas gentes
Num mesmo olhar
Um mesmo sentimento
De alento
Palpitando já sem cessar…

Se te oço por dentro
E sinto
O teu despertar
e sei quando choras comigo 
e quando comigo vens festejar
qual brisa entre os pinheiros
que é mar de vida em dias inteiros

Qual pequeno e doce canto
De ave que canta ao meu lado em espr’anto…

Sei que te elevas em redor como brisa
Sei que me abraças entre as marés
Sei que sobes aos cumes mais altos

E que comigo – tudo és…



Sei que me mostras sendeiros e lugares e trilhos gentes sem idades..
Que são anciãos e anciãs a nos mostrar
Esse saber silente – secreto – que pouco a pouco vai – também em nós germinar

E que os cortes
E as cicatrizes
Que levamos
São nossos
Por tantos naos
São os das gentes que sofrem em seu despertar´dos que duvidam
Dos qu mastigam
Essa vida que lhes estamosa dar

Um dia serão fechadas
As tais feridas baertas
Ainda rasgadas
Um dia – de amor e emoção
Serão cuidadas, serão de novo vida
De momento – recordação

Da distancia
Da resença
Tão perto
Da presença tão longe´que une e define
Que por vezes separae rasga´qual lançaáté bem dentro do coração
Deste ser grande e criança
Que se alça
Por entre os tempos da confusão

Nevoeiros pelo saber da terra erguidos
para guiar de novo
Aqueles que – por dentro – já estão… desde sempre – unidos…

E quem sabe, vai sabendo e vê
Ampara e cresce e vivra – e é

Junto com estas linhas que se procuram
De novo entrelaçar
quando se julgavam perdidas
elas mesmas se encarregaram
de se achar

E haja agora o cuidar
e as mãos silentes
De amor e vida a palpitar
E os peitos de abraços candentes
Que rasgando de vida e amor prenhes
possam cicatrizes banir
 e por sempre ajudar a “olvidar”…

E que de entre olhares decididos
Entre os nossos povos
reunidos
Esse algo de sermos “amaigos”

Possa de novo voltar

de entre ecos de memória

De entre os trechos dos pedaços das histórias…
Apagados…
como se uma bruma cobrisse a esfera celeste

Já toda prenhe de vida e a cintilar…
Que venha esse sopro vivente
Que desperte entre a gente
E a bruma venha de novo desvelar…




entre as brumas
navega a barcada vida

entre o mais brilhante prateado
no silumina
ecoa
qual viva espuma
de marés
de vidas
de verde e verdor
e sentir de amar e amor a teus pés
assim sublime e humilde se ergue
assim em vida se veste...

tua vida investe - qual manto régio
perolado... assim qual céu
 estrelado

és vida que se mostra
em plácido e vivo luar
ali onde as águas  e gentes são puras
e não houver ruido a se erguer e desviar...





verdades
Qual verde pinho
Verdades
qual o ninho
verde
Qual o rebento
dourado
Assim de novo pelo que é amado
As e mostrar
E por dentro se voltar a contar…

Por fora – não ouvirão
O eco silente desse nosso vivo coração

Por dentro – uma só nação
Aparentemente distante
aparentemente nem semelhante

Uma mesma voz em todos nós
Uma ponte que se esvai
Pois nova linguagem
surge do mar e da aragem
De nos entrelaçar alem coragem



erguer desde a pedra Mãe

desde a raíz mais profunda
e ainda quente

este nosso
coração ausente

esperando a sua redenção...

rerguer a espada da tradição
desses lugares
desses seus mihares
des seres 
plenos de amor e vida e devoção

que são pilares
por onde os achares
de vida e de plena entrega...

que nem se pensa
sem se ensina
se vive onde a viva é vida...


atenção
a quem chega

quem procura
quem lhe indica o caminho

quem lhes nega
o "brinco"
de se pensarem
de se acharem

qual rainha de outrora

da fonte

senhora




De navegar
E de se deixar levar
Em confiança
Para o além
Onde apenas é quem
Quem não tenha medo de naufragar…















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