As Flores Vermelhas - um rio subterrâneo que une as terras velhas...
–contempla duas
partes – uma maior – em prosa meia e com a descrição do que é o périplo
“do betão ao coração” – do qual selecciono alguns poemas
deixando aprosa e o descritivo atrás - para possíveis interessado(a) em
descobrir o fio da meada de onde advêm as histórias que a poesia narra;
e – rosas ou flores
de luz – a essência das poesias – que traduz as “almas” Humanas – uma vez
despertas, iluminadas de novo integradas, entre essas paredes de betão – com
força cadência para palpitarem e iluminarem as vidas próprias e as das sementes
que as rodeiam – encaixadas nessas paredes meias – tão parecidas a cemitérios
quadrados por seres humanos ocupados;
Esta é a primeira linha – que auspicia, ou termina – com o
“grande despertar” – no que a luz das rosas em flor se assemelha à Vida que
palpita e vibra em derredor – até ser tão semelhante que se faz – integrável –
sem se sentir a diferença – a vida – o mundo “rebenta” – sementes de luz em
todas as partes – Numa Nova Primavera – de vida plena, plenamente integrada –
como se um sopro unisse tudo, como se uma luz se ergue-se de cada fracção de
matéria de novo animada e consciente – e entrássemos em sintonia plena – por
harmonia – com a nossa verdadeira essência…
Até a gora – os véus do templo jazem rasgados, a vida
esvaiu-se- como se de um nascimento não consumado…
A Etérea, a Luz viva se move… algo emerge… algo anuncia de
novo o Ser que emerge.. como uma cúpula dourada… de novo feita prateada… numa
noite que não o é… palpitando num purpura sereno, acolhendo todo o Ser em pleno
– depois se iluminando… suavemente se elevando… até se transformar num novo “canto”
– numa nova cadência – traduzida por “esperanto” – unido a consciência – nesse
novo mundo… nesse novo Ser entoado – uma mesma vida em tudo e em “todos” – assim
manifesta, assim se manifestando…
Seremos de novo iluminados – assim – por “dentro” –
“elevados” – uma vez se transforme esta nossa matéria dita "vil" em actos e
flores e cadencias de encantos mil…
Nessa nova harmonia, nessa nova melodia – de luz e cor… de
vibração de harmónicos de cadência maior… se transforma o material em luz.. se
transforma a vida em algo que reluz… e segue como rio de prata – vivo e vibrante
– além do que a noite do pensamento define ou mate – para um grande Ser ou Amar
– esse Mar de existência de não mais terminar…
Essa essência – Ágape como lhe costumam chamar – no qual
somos um e somos muitos – como um novo “Ser a nascer e assim se manifestar…
Logo que o cristal esteja vivo e vital, logo que os lumes se
apaguem e deiam origem ao Lume Real – essa luz branca , pura – sagrada – que
cada ser, cada rocha, cada árvore de vida iluminada – possa de novo traduzir e mostrar – e não apenas uns poucos sintam,
saibam, e se reúnam para celebrar..
Hoje escondidos entre o ”Mar de betão”.. entre os aparelhos
urdidos entre os buracos fendidos – das rochas antigas – por fria mão…
Hoje ainda dormentes –adormecidos – à chamada e voz do
coração…
Um dia – despertos – de novo erguidos – iluminados – assim
de novo fundidos – numa mesma “ovação”… uma melodia ecoando nesse ventre
vivente desta terra se manifestando… e o “amnio” rasgado seja de novo
recuperado…
água de luz pura que alimenta sem maior premura… e assim nos
sustenta e eleva de volta à suave alvura
E a placenta da terra seja de novo amena, desperta – viva
para todos - e de toda maneira…
E a cristalina e pristina barreira – que ampara a nova
Humanidade – essa eu ainda vaga, - como pequena colcheia num tema de melodia
inteira;
– essa que se
desperta lenta – célula, a célula – de
um novo ser dessa melodia ainda incerta….
Assuma-se assim – lenta ou súbita chama – se apresente como
melodia desatada – como Seres Humanos entre o vento… assim de novo içados –
mais além do firmamento – corações em si Humanos, em si mesmos iluminados;
Voos vivos – entre o presente e o infinito, pontos por
dentro assim entrelaçados – de coração coração – pontes de vida e devoção,
pontes antigas – de novo vivas – entre os pontos certos de arribarem e
fundamento, desta nossa nova constituição de elementos que se reconhecem – além
mente – se desvanecem – para dar origem a filigrana prateada
A um sonhar que vai mais além deste nada
E que vai descendendo
Se incorporando
tomando espaço
Por dentro se manifestando
Novo céu em nós reluz
Coroa prateada filigrana de prata amada, em finos fios de
luz entrançada.. unidos por pérolas vivas que são assim Vidas Coroadas…
E do profundo um fogo novo surge.. um canto além mundo se
insurge – contra alienação, em prol da renovação.. um sol dourado – por dentro
assim guardado... mantido – latejando – vivo – como fogo entre as raízes
profundas, das nossas árvores mundos; contido…
Ave de cariz renascido – entre cinzas latejando, como o fogo
que se mantém entre os carvões de quem já não tem o coração em si a rubro fogo
brando… quase branco… quase se elevando.. desde as profundezas de novo se
alçando…
E suba esse fulgor – reencontrando – essa coroa pristina que
baixando – nos abrace e englobe – nessa gruta de magia nos renove:
– E quando tanto e
tantos se perdiam, – entre as curvas de um mundo e de uma via vazia… chegando
com chama viva, iluminada fronte e perspectiva – luzes que entre a luz se
reflectiam – em olhares que novos dias assim anteviam…
Nova aurora entre a noite escura, nova força que desperte o
que mais se descura – e que esse fogo – em si mesmo apura…
E indo – mais além – desse mostrengo – que temendo – nos diz
para ir para outro lugar aquém – se recorde o que dizia o que no leme tremia
até três vezes afirmar, até três vezes mais não negar:
– que a vontade que o
leva e o ata – que eleva e o medo mata, é a vontade de todo um povo e de quem
assim o comanda – coroa de vida entre todos investida – coroa dos simples em
viva vida transformada;
– umas vezes luz
pristina – entrevista de forma simples, por vezes vermelha quando airada, por
vezes azul e subtil quando suspirando passa sem deixar peugada;
- que se vê de forma singela, que se sente de viva maneira,
na alma de ser Português… de se dar o que se tem e mais se alguém quês…
- gesto de forma
comedida que o mundo inteiro alcança e que o mais além ouve em forma e gesto de
nova criança – encerrada em gestos de lembrança do idoso ou idosa que nos
embala, que nos agasalha com tudo ou nada;
No gesto simples de quem passa e para – para ver que faz
falta.. estando nós tão longe como povo que neste mundo não para;
E o além olha – aqui e aquém – porque será que esta espuma
branca – de tez escura disfarçada – de trabalhar de sol a sol e ganhar força e
forma de gente humilde de persona honrada – porque será que foi dispersa – como
semente de gente bela – em presentes escondidos, velados, esquecidos –
transformada…
Atá ao dia, no que as suas linhas despertem…
… de entre o tapete dos dias medrem…
e a tal com cheia temente, tão pequena, tão ausente, se incorpore
na grande melodia entoada… e assim – de novo eloquente – se erga em canto, num
novo eco assim trovejando –
o quanto existe de encanto… desses filhos de Luz Titânia, de
Luso que traduz o antergo, uso que aqui não se paga nem se demarca – nem se
definha nem se afasta – por ordem alguma se depõe – e por caos nenhum se impõe
Ouvir Hinos irmãos, encontrara sintonia e a coesão – quando cantados
na mesma língua de uma mesma nação – que se unia e reunia por laços de tempo e
devoção – além da aparência fria – que se anuncia:
– uma força – como esse
rio subterrâneo – crescia..
- se refazia – como nação
tépida e branda … entre o mundo que ficava de cor branca… e quando a neve caía
e o lobo aparecia
– essa força
pungente, esse amar candente – ressurgia:
– como a ave de fogo
esquecida, com o rugir do leão que o tempo anuncia, com a força viva que
caracteriza – povos irmãos:
– por língua, coragem, história e linhagem…
Por ouvir a maresia e o que a seu tempo ela nos diga – “amar”
seja de novo cantiga e um beijo escondido na roda entre goles de malga passada
de mão em mão o escreve de forma fina numa melodia antiga assim por nos recorda
de – evocando gente da terra e a sua tradição velada;
- dedicação à maresia e aragem, por darem mundos
novos ao mundo e combaterem novos mundos sem ancoragem com igual e diversa
coragem;
- por se mostrarem nas histórias, nas
memórias, nas pedras antergas - essas
baixo cruzes mais tenras - por se encontrarem nos mesmos lugares e nas mesmas tradições
sem pedras e cartas se falarem…
- por serem em primor
irmanados –que nos momentos mais puxados – se mostram e depois se esvaem e
rodam em volta do mundo;
– guardando o mundo com sua presença e dedicação… estando
por todo o mundo – mundial nação – que reúne e une as gentes numa especial
devoção…
Esta é a terra de origem, de tal crivagem, de tal linhagem,
de tal gente de forte aragem…
Senhores das ondas e do mar, da verdade terra nossa;
Da rocha candente e das tradições além tempo que o tempo se
encarregou de toldar…
Das senhoras de virtude, dos homens que iam além medo, do
que é resistir a ocupação mesmo o ocupante sendo “grego”…
Assim, dizendo sim, a Harmonia, à beleza da Vénus que nos acompanhava
além terra fria – compreendendo sua dupla face – no céu ardendo – uma a
esperança nova que se ergue – na nova aurora e que como arauto:
– ela mesma anuncia – a outra a estrela guia – fiel, até o mundo
ser terra fria – mostrando, desbravando – as trevas que se pronunciam;
– sendo esperança de mar, rosa que paira no ar – que se
reflecte no coração, de marinheiro que mais não se compromete com fama riqueza
ou dinheiro;
– e que indo a além da dor, passando além medo e duvido a
desse eterno grande senhor – invocando o que leva dentro;
– desde a aurora dos tempos cantando, desde o firmamento nos
lembrando desde o fogo do enraizamento
se erguendo, como pássaro de fogo imenso se levantando;
– uma e outra vez se mostrando – desparecendo quando não é
preciso – além de toda dúvida critério ou juízo;
– eis a força da vida em essência – essa mãe forte além
ciência – essa que beijos nos dá que recobre o ser que se entrega;
– que vai além do que o nega – e volta trazendo a luz do dia
– desde a noite escura e mais esquecida;
– e esperança de novo anuncia – em peito ardendo e de ser
ridente – novo guia para uma nova melodia – novo dia que desperta – quinto
sinal de porta aberta…
que traduz – uma mar que não se deixa domar… de uma tradição
milenar, de um povo que nem tem governo nem se deixa governar… de um algo mais
além do tempo que – por sempre – está pelo coração latente do português a
chamar…
Esse algo que não se pode domar – espírito ridente – como criança
eloquente – erguendo castelo a beira mar…
… castelos que se seguem… e vão – castelos que não
permanecerão…
a não ser os gestão de pleno coração:
– devoção de um povo nascido e criado a beira mar –
- que entende suas
vagas e sabe do seu cantar…
e que entrelaça lágrimas – de alegrias e glórias passadas
com as tristezas, que ainda hão de ficar – e espera – em voz de esperanto – se
ir lentamente entrançando:
– com essa melodia viva, essa harmonia pristina –
- que também lhes
cabe experimentar… viver e partilhar – no dia entre os dias nos que os dias sejam
todos iguais – e a horas revelem serem senhoras – sem pautas para as fazer
marcar…
Ai se mostrem os segredos, ai se revelem os anseios;
- ai se quebrem os pratos velhos, os derradeiros mostrem
seus puros conselhos e se abram as portas veladas e as melodias - outrora
encadeadas;
Livres – de novo cantadas – sejam assim revelação tão
esperada:
– da razão pela qual um mesmo povo pagou…. e vagou – por
toda a terra se agitou – não existindo assim por nada…
Procurar ai as raízes profundas de um maior desígnio
gerador;
Que escolheu um recanto do mundo, para dar mundos novos ao
mundo, com Oceano e seu braço vencedor…
E as sementes, além mentes – assim plantadas, assim
queridas, assim deixadas… apesar dos laços e dos abraços e das forças que nos
unem assim escondidas, assim esquecidas assim – aparente – mente – para a mente
deixadas…
São as forças vivas as que se agitam entre as entrelinhas da
melodia das eras;
Essa que apresenta nestes tempos novos desafios e estranhas
quimeras..
E regressam os da tradição e regressam os da honra e
devoção… e se mostram – pouco em numero – intensos em emoção – por sentirem
essa prensa de azeite e rirem – por estarem além da dor… por terem passado o
bojador – faz quinhentos nos – que o medo apartamos – e assim mantivemos – à
margem – entre esta costa, esta linha e esta nossa fina aragem…
Assim vem o medo de novo – vem o lobo disfarçado – vem de
novo o povo que erguendo-se deixa de ser do medo escravo…
Evocando o egrégios – esses que são os grandes, as linhagens
que nos são importantes, o sagrado e o profano – numa mesma forma de ancoragem…
A Roda e a Cruz – novamente em marco, em mastro de barco
alto, novamente se erguendo – desde as águas aparecendo – como espada que tudo
abate – seja medo, duvida ou vontade de combate;
– Trespassando as sombras as ilumina – com a força de uma
nação que amor e devoção e doação em si mesma transpira…
… em cada latir, em cada agir, em cada braço oferecido para
ajudar e se unir…
Essa é a nação marcada – pela vindima e desfolhada… essa dos
folares… e das cruzes que entram em todos os lares..
Essa das tradições ainda vivas – de ecos de memorias
antigas:
– das argas que no lo
digam, dos cânticos entre as noites frias e das peregrinações entre estrelas
vivas…
força de rio subterrâneo que flui… que ruge e aquece e em
certos lugares prevalece como força que une e enriquece com o seu fluir… como o
rio divino, de pendor cristalino – que ameaça ruir.. ou que desce como corada
força emerge – de entre as divinas aguas da noite…
que o rugir do dragão guarde, com sua luz e vida resguarde –
o ovo que está por abrir…
Que o calor do fogo que surge aquece um povo que urge – de novo
se erguer e voltar a agir…
Que os digníssimos e fortes acentos, de “germânico” consenso
– se façam de novo ouvir…
Para que graça se transforme onde outrora houve tormento e a
virgem senhora nos mostre que o firmamento – desde de dentro – se pode de novo
abrir…
Outrora rasgamos os medos, navegamos por entre os véus e
desvelos – seguindo estradas de estrelas a surgir…
Chegaremos, o ultimo seremos – os primeiros quando aporta se
abrir…
Como legítimo rei mago
- que vê a nova estrela em rosto humano anunciado – chegando tarde para
se fazer sentir… como outro qualquer rei que por ali pudesse chegar a ir…
Despojado, não anunciado…
sem coroa, sem cavalo, camelo ou cajado…
sem nada para ofertar ou assim fazer sentir que trazia
riqueza a partilhar e mundos e fundos para ofertar e gerir…
… a não ser todo o esforço dado, todo o suor partilhado –
por lágrimas entre irmãos derramado – servido –á mesma mesa dessa tal “criança”
que está por vir…
Essa quarto ser, o que marca uma outra direcção a valer:
– que aponta ao Oeste
– quando todo o outro que “preste”, apontava desde Este, Sul e Norte…
… memórias de uma outra sorte, que apontam esses “reis” que
se dão a quem não tem ”papéis” - e se
misturam entre o povo – e como povo assim os assumireis…