se
entregando
assim
pousando
pairando
"sementes de luz"
"seres de luz"
@
mais não profana
nem
profanada
a
terra
sendo de novo
honrada
assim
o
diz
- assim ergue sua voz -
diafana
"queda ainda qeum compreenda
como sentir la terra
queda inda quem entenda canto pode aprender dela todo está cheo de cor
brua o vento
todo é vida
em
teu redor
(preciso é que entendas
de onde vés
preciso é que compreendas
"a maxia que oxe inda non vés"
o que
"intues" no interior
verdad realidad maior
o
que
vés com olhos
pechados
images e debuxos
de
seres
p@sados)
janelas abertas
as vossas senhora
as vossas
de
olhares e tempos e ares
presentes senhora - presentes
de abraços e bracos
cândidos ora candentes
de
noites e mares de ventos e marés
asim
"uxia"
assim
maresia
zéfiro alento
a
teus pés senhora
a
teus pés
diamantes viventes
vossos olhos da rama mais pura e sagrada
assim sendo verdes
as
lágrimas
as
vossas
lágrimas
montes
aval
assim detrás do véu
sendo vista
assim
veredas e verdejantes perspectivas
vossas lágrimas senhora vosso véu
esse
que se veja e oiça
neste canto nosso
neste encanto meu
assim quais
sementes ao vento
enquanto
a
" barca vivente
siga ardendo"
(dos sonhos por nos levados
por dentro sedo esquecidos
assim sendo ainda prezados)
sonhos
sendo
quando
das rias
das asas
das vias
assim
atrasadas
as
das
vias
assim
reunidas
sendo
entre
as
espirais
sempre
vivas
assim
quais
nossas flores
as
de
mil
amores
assim
as
tais
"margaridas"
mais
não
sendo
esquecidas
pétala a pétala
símbolo
sendo
apagado
marés de azul
marés de amor
marés de verde
amar maior
sendo
silvestres
viventes
e
sempre
LIVRES
assim vos quero
senhora
quando
estivermos
estamos
Há gente que espera de olhar vazio
Na chuva, no frio, encostada ao mundo
(e há gente que entre o frio e a lágrima do céu - mesmo vazio - sonha e se eleva e dia a dia desafia a treva - entre a noite mais escura ou molhada - assim atravessa e aprende a reacender a sua viva -
(essa- essa)
- estrada -
espada de vida
assim
sendo
- sagrada -
todos os dias se reerguendo
aparente
aparecendo
a
diferente
- a mais nunca revelada)
A quem nada espanta
Nenhum gesto
Nem raiva ou protesto
Nem que o sol se vá perdendo lá ao fundo
homens esvaindo - mulheres esquecendo
mundo frio
assim
de
novo
nós
sendo entrelaçados
nós de novo erguendo
nós
de
novo
unindo
aquilo
que
se
vai
esquecendo
reacendendo as doces
chamas
dessas mãos ouvidas
dessas doces palmas
as
nossas
VIDAS
assim
em
palmadas assentidas
saudade
cânticos e cantigas e saber popular
e
algo
d@
gente
viva e veraz
(no doce "umbral")
de
raiz de saber raiz de saber e sabor
a marés
a mal salgada
a maior
da vida
entre nós sendo
honrada
(nação d@ mar
nobre povo)
quando seja
o tempo
quando o momento surja
quando haja tempo e o tempo mais não urja
assim de novo
ouviremos
serenos - seremos
esses
sinais
sinos mais belos
(nos teus cabelos)
que
marcam
ondas iguais
daquilo que mais
triste e alegre temos
assim mais nada apagará
o que nos une e liberta
quando descalços
caminhemos
nas
praias de mar de amar
assim
livres
libertos
sereños
e
de
tudo o mais
que esta
nossa
VIVA
gente
seja
sempre
viva gente
@
bem
(assim és re querida)
@
bem
capaz
de
amar maior
- de sal de saber amar -
(quanto do mesmo - quanto desse velejar
marejar
assim em costas costas com costas avançar
quando oceanos trilhados
quando anúncios assim realizados
assim quantas costas
quantos faros
INDA PERMANECEM -
BEM
VELADOS
(lado a lado)
(por vezes se chora - se añora - morriña - talvez assim dita - mesquinha a saudade que alud@
- ao tempo que reunia - mais não acud@
mão de irmão sendo mão em tua mão
- assim sendo ouvida -
ainda
sendo
que
escrita
UM
es
per
a
an
ç
a
r
ÁGUAS SEMPRE UNIRAM
MAIS NADA SEPARARAM
OS
HINOS ASSIM @ CANTAM
OS
FAD@S
ASSIM CONFIRMARAM
@GORA NESTES TEMPOS
PARECEMOS MARUJOS
"MARUJA"
PARECEMOS
MENOS
"COMPANHEIROS"
DO
QUE
@s
TEMPOS
ASSIM
NOS
FUJAM
esse lume
esse canto
esse encanto
esse
saber cantar encantar e voar
assim em noites
mais
quedas
mais ledas
poderemos
nos
encontrar
assim
despindo
o
"grito"
que
levamos dentro sentido
de
vida
assumindo
assim sendo
assim refazendo
a vida que é noss@
CHAMA
e
é
viva por dentro
de
uma maneira
apaga
a
chama
de
outra maneira
quem queira
@
fará
de
nós
esses
"clavos"
cravos mais antigos
invent@dos pelos mais velhos
amig@s assim sempre fomos
sempre seremos
- uma e outra -
escadinha
numa
mesma @ linha
mesmo desvelo
- p@recendo -
definida
de
algo de tradicional
a se saber unir
a
mais não separar
definir e assim
assumir
o
que
por
dentro
nos
vai
de
igual
à
mar
e
à
mar
e
ir
à mar
e
voltar d@ amar
Há restos de amor e de solidão
Na pele, no chão, na rua inquieta
Os dias são iguais já sem saudade
Nem vontade
Aprendendo a não querer mais do que o que resta
E a sonhar de olhos abertos
Nas paragens, nos desertos
A esperar de olhos fechados
Sem imagens de outros lados
A sonhar de olhos abertos
Sem viagens e regressos
Outro dia lado a lado
Há gente nas ruas que adormece
Que se esquece enquanto a noite vem
É gente que aprendeu que nada urge
Nada surge
Porque os dias são viagens de ninguém
A sonhar de olhos abertos
Nas paragens, nos desertos
A esperar de olhos fechados
Sem imagens de outros lados
A sonhar de olhos abertos
Sem viagens e regressos
A esperar de olhos fechados
Outro dia lado a lado
Aprende-se a calar a dor
A tremura, o rubor
O que sobra de paixão
Aprende-se a conter o gesto
A raiva, o protesto
E há um dia em que a alma
Nos rebenta nas mãos
lado a lado
(quando
chegarmos
havemos
chegad@)