quarta-feira, 27 de maio de 2015

JÁ NÃO HÁ CANÇÕES DE AMOR - COMO HAVIA ANTIGA - senhor - senhora - o caminho segue e segue e persevera - seja em trova seja em poema

se 
entregando 
assim 
pousando 
pairando 
"sementes de luz"
 "seres de luz"
@
mais não profana
nem 
profanada

terra
sendo de novo
honrada
assim 
o
diz



- assim ergue sua voz - 
diafana

"queda ainda qeum compreenda 
como sentir la terra
queda inda quem entenda canto pode aprender dela todo está cheo de cor

brua o vento
todo é vida 
em 
teu redor

(preciso é que entendas
de onde vés 
preciso é que compreendas
"a maxia que oxe inda non vés"

o que 
"intues" no interior
verdad realidad maior

que 
vés com olhos
pechados
 images e debuxos 
de 
seres 
p@sados)













janelas abertas
as vossas senhora
as vossas





de 
olhares e tempos e ares

presentes senhora - presentes
de abraços e bracos
cândidos ora candentes





de 
noites e mares de ventos e marés

asim
"uxia"
assim
maresia

zéfiro alento
teus pés senhora
teus pés


diamantes viventes 
vossos olhos da rama mais pura e sagrada

assim sendo verdes
as 
lágrimas
as 
vossas
lágrimas



montes
aval
assim detrás do véu
sendo vista

assim 
veredas e verdejantes perspectivas
vossas lágrimas senhora vosso véu
esse
 que se veja e oiça 
neste canto nosso
neste encanto meu






assim quais 
sementes ao vento 
enquanto 
a
" barca vivente 
siga ardendo"


(dos sonhos por nos levados
por dentro sedo esquecidos
assim sendo ainda prezados)

 sonhos 
sendo
quando 



das rias 
das asas
das vias

assim 
atrasadas

as
das 
vias


assim
reunidas

sendo
entre
as 
espirais
sempre
vivas

assim 
quais 
nossas flores
as
de 
mil

amores
assim 
as 
tais

"margaridas"



mais 
não 
sendo
esquecidas

pétala a pétala 
símbolo 
sendo 
apagado 



marés de azul
marés de amor
marés de verde
amar maior





sendo 
silvestres 
viventes
sempre 

LIVRES

assim vos quero
senhora

quando 
estivermos

estamos










Há gente que espera de olhar vazio
Na chuva, no frio, encostada ao mundo
(e há gente que entre o frio e a lágrima do céu - mesmo vazio - sonha e se eleva e dia a dia desafia a treva - entre a noite mais escura ou molhada - assim atravessa e aprende a reacender a sua viva -
(essa- essa)

- estrada - 
espada de vida
 assim 
sendo 
- sagrada - 
  todos os dias se reerguendo
aparente
aparecendo
a
diferente 
- a mais  nunca revelada)

A quem nada espanta
Nenhum gesto
Nem raiva ou protesto
Nem que o sol se vá perdendo lá ao fundo


homens esvaindo - mulheres esquecendo
mundo frio 
assim 
de 
novo 

nós
sendo entrelaçados
nós de novo erguendo
nós 
de 
novo 
unindo 
aquilo 
que 
se 
vai 
esquecendo






reacendendo as doces
chamas

dessas mãos ouvidas
dessas doces palmas
as 
nossas 
VIDAS


assim 
em 
palmadas assentidas



saudade


cânticos e cantigas e saber popular 
algo 
d@ 
gente 
viva e veraz







(no         doce "umbral")


 de 
raiz de saber raiz de saber e sabor


a marés
a mal salgada
a maior
da vida 
entre nós sendo 
honrada

(nação d@ mar
nobre povo)




quando seja
o tempo
quando o momento surja
quando haja tempo e o tempo mais não urja

assim de novo 
ouviremos 
serenos - seremos

esses 
sinais
sinos mais belos
(nos teus cabelos)

que
marcam
ondas iguais
daquilo que mais
triste e alegre temos

assim mais nada apagará
o que nos une e liberta
quando descalços
caminhemos 
nas 
praias de mar de amar
assim 
livres
libertos
sereños


de 
tudo o mais 
que esta 
nossa 
VIVA
gente
seja
sempre
viva gente
@
bem 
(assim és re querida)
@
bem
capaz



de 
amar maior 
- de sal de saber amar -

(quanto do mesmo - quanto desse velejar
marejar
assim em costas costas com costas avançar
quando oceanos trilhados
quando anúncios assim realizados
assim quantas costas
quantos faros
INDA PERMANECEM -
BEM
VELADOS

(lado a lado)




(por vezes se chora - se añora - morriña  - talvez assim dita - mesquinha  a saudade que alud@ 
- ao tempo que reunia - mais não acud@ 
mão de irmão sendo mão em tua mão 
- assim sendo ouvida -
ainda
sendo
 que 
escrita 



UM
es
per
a

an

ç
a
r


ÁGUAS SEMPRE UNIRAM
MAIS NADA SEPARARAM
OS 
HINOS ASSIM @ CANTAM

OS 
FAD@S 
ASSIM CONFIRMARAM

@GORA NESTES TEMPOS
PARECEMOS MARUJOS
"MARUJA"

PARECEMOS 
MENOS
"COMPANHEIROS"

DO
QUE
 @s

TEMPOS

ASSIM
NOS 
FUJAM





esse lume
esse canto 
esse encanto 
esse 
saber cantar encantar e voar

assim em noites 
mais 
quedas 
mais ledas
poderemos 
nos
encontrar

assim 
despindo
"grito"
que 
levamos dentro sentido
de 
vida
assumindo
assim sendo
assim refazendo
a vida que é noss@
CHAMA
e
 é 
viva por dentro
de
uma maneira

apaga 
a 
chama

de 
outra maneira 
quem queira

fará
de
nós
esses
"clavos"
cravos mais antigos

invent@dos pelos mais velhos
amig@s assim sempre fomos

sempre seremos
 - uma e outra - 
 escadinha
numa
mesma @ linha

mesmo desvelo

 - p@recendo - 
definida

de 
algo de tradicional 
a se saber unir
a
mais não separar

definir e assim 
assumir

que 
por 
dentro 
nos 
vai 
de 
igual
à 
mar
à 
mar
ir 
à mar
voltar d@ amar






Há restos de amor e de solidão
Na pele, no chão, na rua inquieta
Os dias são iguais já sem saudade
Nem vontade
Aprendendo a não querer mais do que o que resta

E a sonhar de olhos abertos
Nas paragens, nos desertos
A esperar de olhos fechados
Sem imagens de outros lados
A sonhar de olhos abertos
Sem viagens e regressos
Outro dia lado a lado

Há gente nas ruas que adormece
Que se esquece enquanto a noite vem
É gente que aprendeu que nada urge
Nada surge
Porque os dias são viagens de ninguém

A sonhar de olhos abertos
Nas paragens, nos desertos
A esperar de olhos fechados
Sem imagens de outros lados
A sonhar de olhos abertos
Sem viagens e regressos
A esperar de olhos fechados
Outro dia lado a lado

Aprende-se a calar a dor
A tremura, o rubor
O que sobra de paixão
Aprende-se a conter o gesto
A raiva, o protesto
E há um dia em que a alma
Nos rebenta nas mãos 




lado a lado

(quando 
chegarmos
havemos
chegad@)



quinta-feira, 14 de maio de 2015

Desde Viana - de OURIQUE - con AMOR

As de cantar
Que ch' ei de dar zonchos;
As de cantar
Que ch' ei de dar moitos.




I.

«As de cantar
Meniña gaiteira,
As de cantar
Que me morro de pena

     Canta meniña
Na veira da fonte,
Canta dareiche
Boliños do pote.

     Canta meniña
Con brando compas,
Dareich' unha proya
Da pedra do lar.

     Papiñas con leite
Tamén che darei,
Sopiñas con viño,
Torrexas con mel.

     Patacas asadas
Con sal é vinagre,
Que saben á noces,
¡Que ricas que saben!

     ¡Que feira, rapaza,
Si cantas faremos!...
Festiña por fora,
Festiña por dentro.

     Canta si queres,
Rapaza do demo,
Canta si queres,
Dareich' un mantelo.

     Canta si queres
Na lengua qu' eu falo,
Dareich' un mantelo.
Dareich' un refaixo.

     Có son da gaitiña,
Có son da pandeira,
Che pido que cantes
Rapaza morena.

     Có son da gaitiña,
Có son do tambor,
Che pido que cantes
Meniña por Dios."



     II.

     Asi mó pediron
Na veira do mar,
A ó pé das ondiñas
Que veñen e van.

     Asi mó pediron
Na veira do rio
Que corr' antr' as erbas
Do campo frorido.

    Cantaban os grilos,
Os galos cantaban,
O vento antr' as follas
Runxindo pasaba.

     Campaban os prados,
Manaban as fontes,
Antr' erbas e viñas
Figueiras e robres.

     Tocaban as gaitas
O son das pandeiras,
Bailaban os mozos
Cás mozas modestas.

     Que cofias tan brancas!
Que panos con freco!...
Que dengues de grana!
Que sintas! que adresos!

     Que ricos mandiles,
Que verdes refaixos...
Que feitos xustillos
De cór colorado!




TERRA DA FRATERNIDADE

em cada esquina
um amigo

em cada olhar
igual
assim semelhante
assim sendo´vivo
e
brilhante

sonha amigo - sonha
e segue a cantar
que o 
mundo que sonhas e vives
assim se pode
ouvir
viver
partilhar



Tan vivos colores
A vista trubaban,
De velos tan vareos
O sol se folgaba.

     De velos bulindo
Por montes e veigas,
Coidou qu' eran rosas
Garridas e frescas.



da 
flor

de 
"azahar"

rima
nada se diz
assim se transcreve
a gente que
diz


mais 
simples e mais prezada

jardim de laranjeiras
das 
doiradas laranjas
(as coroas vivas
as verdadeiras nos resguardam
assim nos avisam´qual brisas
que 
somos e sentimos e respiramos
as 
mais vivas flores que em nós - e connosco - (levamos) honramos



de 
senhoras e vidas 
inteiras

essas que em nós
ainda


UMA 
ROSA

que assim se faz
fermosa e viva
entre nós  FLOR MAIS ANTIGA
assim nos avisa e se apressa
a dizer
a salvaguardar
saber bem velar

maçãs doiradas
assim procuradas
entre terras
"d'além mar"

assim encontradas ónde tu as podias achar

guerras clamorosos´pelas rosas
pelas doiradas frutas
entre as coroas que nem eram
nem se esmeram
a essas desgravamos
e deixamos

flor 
do 
CRAVO
a 
flor 
ANTES DE TI

essa que avisa
menino e a menina´
que 
vem
"inverno" e que assim os @BRIGA


Nas nossas terras
as gentes 
mais "fermosas"

assim sabem 
são
quais 
perguntas 

vivas
àssim 
sabedoras

(sempre -vivas)



P.S

Por Sentir
es

que assim
soubes
te

assim sabes
amor 
te 
preste


VEM
e
PARTILHA
o PÃO

eu dou
canto

(cigarra não sou)

tu 
dás-me
tua
a 
nossa

mesma 
linha 
d@ 
flor
"fermosa"

canção de cor
coragem maior
quando sabemos que nos vemos assim nos refazemos
ao
sentir que nos afastamos - assim somos de novo


NO PEITO
UM 
AMOR´PERFEITO

ASSIM JAZIA
ÉNTRE MÃOS
QUE 
SUSTIVERAM E CANTARAM



 FALARAM
D@ 
VIDA

ROSA
LIA

LIA
A
ROSA

(cantar cantei- quando apenas
assim 
´me achei
soia
xa non estaba
pero libre
asiviva
cantaba)