quarta-feira, 17 de abril de 2013

PALAVRAS que VÊM do ALTO




Nas palavras da
MÚSICA QUE VEM DO ALTO
No verso do
SOM QUE VEM DE DENTRO
Na brisa que se quer tanto
Na mesma luz, no mesmo chão
- mesmo lamento...

Palavras sem voz
- são SENTIMENTO -
que ecoam em NÓS
- povo sedento -

Da vida que escorre nas ladeiras
das fragas antergas e das florestas primeiras

Dos rios que nos banham
mãos, pés, pele, sangue
- a FALA -
 uma alma que tem sede
de tudo o que se esquece e estranha

Das ladaínhas em noites frias
das mãos que aquecem por serem mãos amigas

Das desfolhadas - espigas raínhas - gentes honradas

Das pedras do luar - das noites de São João -  fogos a passar

Das Argas, das pedras vivas que ecoam nossa mágoa meiga
SAUDADE
MORRIÑA

Dos leitos viventes dos eternamente presentes
esses que ecoam além da memória das gentes

Nas espigas milhas nas senhoras em estátua
nas pêras oferecidas
nas raparigas garridas
VIRTUDE
nas poças da vida
que tem flores d'augoa

Nos cantos de recordar - toda a vida contida nesta nossa lingua a CANTAR
Lingua nossa que aprendemos a falar
semente VIVA que fizemos germinar
de cabo a cabo do mundo
- semente que floriu sem par -
que une este recanto profundo
com o mundo novo a despontar

PALAVRAS AO VENTO
(sementes dormentes à esperar de singrar)

Nas palavras de
FUXAN OS VENTOS
(e Luar na Lubre - Cabo do Mundo):

Cantiga do Berce


Durme meu neno, durme 

sen mais pranto, 
que o tempo de chorar-e 
vai pasando. 
Que a terra na que vives, 
non quer bágoas, 
percisa homes inteiros 
pra libertala. 
Durme meu neno, durme 
colle forzas, 
que a vida que che agarda 
pide loita. 
Recollera-lo froito 
sementado, 
no inverno escuro e frio, 
no que estamos. 

(Recitado) 

Semente feita en sangue por un pobo 
que xurde dende a historia, dende o sono 
un sono cheo de aldraxe e miserento, 
un sono de inxusticias e silencio. 
Mira a lingua que falo, despreciada 
por ser lingua de probes, lingua escrava, 
son o orgullo que temos, lingua e probes. 
So neles hai verdades e mais honores. 
Durme meu neno, durme, niste colo, 
que esta terra de escravos non ten odio. 
Ten séculos de espranza, agardada, 
que pon hoxe nos fillos que amamanta.




"Para nós a patria é un sentimento natural, inspirado en realidades sensibles ós cinco sentidos. A patria é a Terra. A Terra que nos dou o ser e que nos recollerá na morte como semente de novas criaturas. A Terra que cría flores nos campos para regalía dos ollos e árbores para que canten os paxaros, onde atopamos sombra fresca no verán e quentura agarimosa no inverno, onde sufrimos as inquedanzas das sementeiras e gozamos a ledicia das colleitas, onde o vendaval brúa nas pontas dos carballos e funga nas cordas dos barcos, onde canta o vento nos piñeirais; onde esboufan as ondas do mar nos cons da ribeira e ruxen nos areais; onde por primeira vez ollamos a choiva, a brétema, o sol, o luar, o arco da vella e a noite estrelecida. "

(Castelao, Sempre en Galiza, 1944) 


Lembro - a primeira vez que de ti saí...

Eram terras de Francos nas que me perdi...

Ao regressar - ao nosso antergo e eterno Mar...

às costas de morte que são vida, e sal... 

lágrima a escorrer
 pedra de de vida a lavrar

Quando em ti entrei - no teu sólo, no teu verde olhar

Nas veredas antigas, nas ruas estreitas e nas pedras polidas
 - cem mil passos em mim ecoaram de uma vez só  -

Quando o teu soló me afagou 
- e o carvalho,  monte, castro - 
teu eterno latir me saudou...

Quando vi - o nosso sol - dourado em ti: 
por ser verde a tua cor e o seu amarelo em ti se faz florir

E a brisa... e os pinhais... que cantam hinos de louvor para além das vozes ancestrais
que ecoam com primor 
entre os rios, montes, vales que te fazem ser nossa MÃE...

A água que me baptizou... 
no fogo do lume fumado 
em pedra do granito sagrado
do nosso antergo lar

Rios de vida, na bruma erguida entre as raiolas do primeiro Sol
Quando cantei - nas festas do fogo, da luz e da cor
de um mesmo povo que se ergue 
sobre a dúvida o medo e a dor...

Quando chorei... 
na tua voz de luar... 
clareiras e pedras beijei
cheias da tua branca luz a dealbar...

E nos mesmo arco da velha 
- dessa que é guardiã derradeira - 
 uma mesma tradição que se não entrega
que se mostra e demonstra
nestas nossas mesmas festas 
no nosso zelo pela vida a guardar

e
nessa voz
a MESMA VOZ
 que se ouve à noite entre fogos a crepitar

que habita - nesse povo
 que 
em 
TI
e
em
 MIM
PALPITA

que se vê

Nas mãos calejadas 
de pessoas honradas 
pela vida de trabalho 
- firme, sério diário - 
que não se escreve além da luz do olhar... 
do rosto enrugado de tanto se dar... 
no sorriso humilde que abraça
simplesmente por se fazer notar...

Soube assim que regressei... 
à terra dos meus AVÓS...
que se entende de um e outro lado de um rio 
que
 UNIU
aquilo que nunca  jamais 
alguém separou

Basta ouvir...
essa mesma voz a cantar

basta sentir 
a mesma terra que nos mantém
sua mesma vida em nós a palpitar

basta 
VIVER
para uns e outros
REUNIR
e
UNIFICAR

LUAR: DEVANCEIROS
(Cabo do Mundo)

Terra dos meus avós 

onde naceron meus pais 
terra dos meus avós 
Galicia do verde chan. 
Terra dos meus avós 
onde naceron meus pais 
terra dos meus avós 
non quero de aquí marchar.









sábado, 13 de abril de 2013

Uma viagem no Deserto






Poemas de EMIGRAÇÃO quando os povos são ESCRAVIZADOS... só os poetas se erguem contra um inimigo invisível... só a arte que vem do ALTO pode acertar nas sombras que nos oprimem tanto...



En 1861, un periódico madrileño, El Museo Universal, publicó un poema que cambiaría 
el panorama literario de la remota esquina del noroeste español llamada Galicia. El poema iba 
firmado por una joven de 25 años llamada Rosalía de Castro y estaba escrito en una lengua 
que no se había usado en poesía escrita en más de 500 años (desde las Cantigas de Santa 
María en el siglo XIV), una lengua desdeñada como dialecto, hablado sólo por los más pobres e ignorantes campesinos gallegos. El poema adopta la voz de un hombre que se despide de 
su casa, de su pueblo, de su esposa y de su patria, al embarcarse rumbo a América, sabiendo 
que es posible que nunca regrese. Con esta composición, se inicia la denuncia política de una 
situación que había comenzado de forma masiva en 1853 y que continuará hasta bien entrado 
el siglo XX. Ese año fue el peor de una serie (1852-55), ya que lluvias torrenciales, heladas y 
plagas afectaron las cosechas gravemente y produjeron una grave hambruna. Ese mismo año el 
gobierno español despenalizó la emigración, creando un movimiento masivo a América en la 
segunda mitad del siglo XIX. Además de esta emigración aprobada por el gobierno, existía un 
movimiento paralelo de emigrantes ilegales, que salían del país para escapar el reclutamiento 
forzado y el pago de impuestos. A estos factores hay que añadir otro, documentado por 
Hernández Borge:



A estas circunstancias, así como al aislamiento, a las malas comunicaciones, al bajo nivel educativo o al 
deseo de eludir el servicio militar, hay que unir una propaganda ejercida por las agencias de emigración 
por todas las aldeas y los estímulos que los países del otro lado del Océano ofrecían a los que llegaban a 
ellos ante su imperiosa necesidad de mano de obra. (Hernández Borge 1986: 46)




Mais son pobre e, mal pecado,
A miña terra no é miña,
Que hasta lle dan de prestado
A beira por que camiña
Ó que naceu desdichado

Rosalía de Castro
Adeus Ríos, Adeus Montes - Cantares Galegos



SOMOS IRMÃOS

Diz o POETA e a MUSA



Diz a GENTE
e o eco da sua voz
 nas pedras dos túmulos ancestros
em cada monte relembrada









Trova do Vento que Passa
Música: Antônio Portugal
Letra: Manuel Alegre
1963

Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
O vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
Tanto sonho à flor das águas
E os rios não me sossegam
Levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
Ai rios do meu país
Minha pátria à flor das águas
Para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
Pede notícias e diz
Ao trevo de quatro folhas
Que morro por meu país.
_________________________
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio — é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.




Trova del viento que pasa 
(En castellano) 


Pregunto al viento que pasa
noticias de mi país
y el viento calla la desgracia,
el viento nada me dice

Pregunto a los ríos que llevan
tanto sueño a flor de las aguas
y los ríos no me sosiegan,
llevan sueños dejan penas.

Llevan sueños dejan penas
ay, ríos de mi país
mi patria, a flor de las aguas
¿Para dónde vas? Nadie dice.

Si el verde trébol deshojas,
pide noticias y di
al trébol de cuatro hojas
que muero por mi país.
______________________________
Pregunto a la gente que pasa
por qué va mirando al suelo.
Silencio, es todo lo que tiene
quien vive en la servidumbre.

Vi florecer las verdes ramas
directas al cielo volteadas.
Y a quien gusta de tener amos
le vi siempre los hombros encorvados.

Y el viento no me dice nada
nadie dice nada nuevo.
Vi mi patria clavada
en los brazos en cruz del pueblo.

Vi mi patria en el margen
de los ríos que van al mar
como quien ama el viaje
pero tiene siempre que quedarse

Vi navíos partir
(mi patria a flor de las aguas)
vi mi patria florecer
(verdes hojas, verdes penas)

Hay quien te quiere ignorada
y habla, patria, en tu nombre.
Yo te vi crucificada
en los brazos negros del hambre.

Y el viento no me dice nada
sólo el silencio persiste.
Vi mi patria detenida
en la orilla de un río triste.

Nadie dice nada nuevo
si noticias voy pidiendo
en las manos vacías del pueblo
vi mi patria floreciendo.

Y la noche crece por dentro
de los hombres de mi país.
Pido noticias al viento
y el viento nada me dice.

Cuatro hojas tiene el trébol,
libertad, cuatro sílabas.
No saben leer, es verdad,
aquellos para quienes escribo.

Pero hay siempre un candil
dentro de la propia desgracia,
hay siempre alguien que siembra
canciones en el viento que pasa.

Lo mismo en la noche más triste
en tiempos de servidumbre
hay siempre alguien que resiste
hay siempre alguien que dice que no.



Nas costas da mesma Cruz
Na mesma costa 
um mar de lágrimas chorando


Amália Rodrígues
Fado Português

José Régio na voz da Musa...

Um mar que nos une
Pela cruz nas costas plantada
Pelo sangue e suor derramados
Pela nossa terra adorada


Luar na Lubre
Na voz de Sara Vidal

A nossa mesma LÍNGUA
o nosso mesmo SENTIR
Mar de Sal
Lágrimas do mesmo cantar

Madrugada, o porto adormeceu, amor,
a lúa abanea sobre as ondas
piso espellos antes de que saia o sol
na noite gardei a túa memoria.

Perderei outra vez a vida
cando rompa a luz nos cons,
perderei o día que aprendín a bicar
palabras dos teus ollos sobre o mar,
perderei o día que aprendín a bicar
palabras dos teus ollos sobre o mar.

Veu o loito antes de vir o rumor,
levouno a marea baixo a sombra.
Barcos negros sulcan a mañá sen voz,
as redes baleiras, sen gaivotas.

E dirán, contarán mentiras 
para ofrecerllas ao Patrón:
quererán pechar cunhas moedas, quizais,
os teus ollos abertos sobre o mar,
quererán pechar cunhas moedas, quizais,
os teus ollos abertos sobre o mar.

Madrugada, o porto despertou, amor,
o reloxo do bar quedou varado
na costeira muda da desolación.
Non imos esquecer, nin perdoalo.

Volverei, volverei á vida 
cando rompa a luz nos cons
porque nós arrancamos todo o orgullo do mar,
non nos afundiremos nunca máis
que na túa memoria xa non hai volta atrás:
non nos humillaredes NUNCA MÁIS.



Dulce Pontes
Canção do Mar

Uma mesma forma de sentir
Nacida no mesmo coração
Naçon que se faz unida
pela voz que a cantou
pelo sentir que a juntou
pelo porvir que já mais a separou



Luar na Lubre
O Meu País


O meu país/ é verde e neboento
É saudoso e antergo,/ é unha terra e un chan.
O meu país/ labrego e mariñeiro
É un recuncho sin tempo/ que durme nugallán.

Q quece na lareira,/ alo na carballeira
Bota a rir.
E unha folla no vento/ alento e desalento,
O meu país.

O meu país/ tecendo a sua historia,
Muiñeira e corredoira / agocha a sua verdá
O meu país/ sauda ao mar aberto
Escoita o barlovento/ e ponse a camiñar

Cara metas sin nome/ van ringleiras de homes
E sin fin.
Tristes eidos de algures,/ vieiros para ningures,
O meu pais.

O meu país/ nas noites de invernía
Dibuxa a súa agonía/ nun vello en un rapaz.
O meu país/ de lenda e maruxias
Agarda novos días/ marchando de vagar.

Polas corgas i herdanzas
Nasce e morre unha espranza/ no porvir.
E unha folla no vento/ alento e desalento
O meu país.

Ouves a NOSSA VOZ?

Sentes o nosso 
MESMO QUERER
Num 
MESMO VIVER
TRADUZIDO 
num 
MESMO CANTAR?



Dulce Pontes
"Povo que Lavas no Rio"


Povo que lavas no rio, 
Que vais às feiras e à tenda, 
Que talhas com teu machado 
As tábuas do meu caixão, 
Pode haver quem te defenda, 
Quem turve o teu ar sadio, 
Quem compre o teu chão sagrado, 
Mas a tua vida, não! 

Meu cravo branco na orelha! 
Minha camélia vermelha! 
Meu verde manjericão! 
Ó natureza vadia! 
Vejo uma fotografia... 
Mas a tua vida, não! 

Fui ter à mesa redonda, 
Bebendo em malga que esconda 
O beijo, de mão em mão... 
Água pura, fruto agreste, 
Fora o vinho que me deste, 
Mas a tua vida, não! 

Procissões de praia e monte, 
Areais, píncaros, passos 
Atrás dos quais os meus vão! 
Que é dos cântaros da fonte? 
Guardo o jeito desses braços... 
Mas a tua vida, não! 

Aromas de urze e de lama! 
Dormi com eles na cama... 
Tive a mesma condição. 
Bruxas e lobas, estrelas! 
Tive o dom de conhecê-las... 
Mas a tua vida, não! 

Subi às frias montanhas, 
Pelas veredas estranhas 
Onde os meus olhos estão. 
Rasguei certo corpo ao meio... 
Vi certa curva em teu seio... 
Mas a tua vida, não! 

Só tu! Só tu és verdade! 
Quando o remorso me invade 
E me leva à confissão... 
Povo! Povo! eu te pertenço. 
Deste-me alturas de incenso, 
Mas a tua vida, não! 

Povo que lavas no rio, 
Que vais às feiras e à tenda, 
Que talhas com teu machado, 
As tábuas do meu caixão, 
Pode haver quem te defenda, 
Quem turve o teu ar sadio, 
Quem compre o teu chão sagrado, 
Mas a tua vida, não! 

Pedro Homem de Mello, in "Miserere"


QUANDO PORTUGAL CHORA

Seja pelo Francês tirano na nossa terra entrado
filho do traidor que guarda
a porta da nossa casa

Seja pela trista sina
que em nossas alma mora
saudade - tristeza - morriñ
ade ter de ficar 
quando todos têm de ir embora

Aqui fica uma MESMA VOZ
em coro daqueles que passam

Seja o Jantar de Pondal
Nas terras onde outros mandavam
Sejam Solís que se erguem
quando outros de nós abusaram
Sejam os ecos das pedras
que outros por nós trocaram

Mas são meus ossos que gemem 
- por estar assim de forma errada -
por muitas voltas que lhes deis
saberão sempre onde está sua casa

A GALIZA SOFRE













Vendo-os assim tão pertinho
A Galiza mais o Minho
São como dois namorados
Que o rio traz separados
Quasi desde o nascimento
Deixai-os, pois namorar,
Já que os pais para casar
Lhes não dão consentimento

José Rodrigues Vale (João Verde) - Monção
Poema dos “Ares da Raia”
Como o de Rosalía 
– a quem muito admirava – 
impresso em VIGO



ASSIM:



DE MÃOS UNIDAS 
- O TROVÃO NÃO ASSUSTA
A TEMPESTADE SE AFASTA
A COBRA NÃO MORDE
E O SUBTIL VENENO 
DEIXA A VIDA SER SIMPLES
COMO SIMPLES 
É A NOSSA VIDA QUE PASSA