quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Esferas vivas . para além de tudo o que digas...


Serra estrelada
Lagoas das lágrimas

Senhoras perdidas
esbatidas
entre poemas d'amas contadas

quem la esteve não souv«be
do que se passava
ficou a imagem
gravada
na pedra mais atiga
na torre mais alta
elevada



que cultura esta
que canta em estranha peça
se ouça de desta
ou sinistra
tudo se entenda
na mesma pista

como compreender
uma terra inteira
sem se transparecer...

como se cantar
além do que se pensava julgar

e ouvir
fios de linho que se agitam
entre leitos que gritam
solidões a aamparar

como ouvir voz de povo, de pátria vida assim a se esvair
devagar
devagar

ou como contar história de vinda
da vida
em Primavera disfarçada
entre ritmos de cantos
de gentes 
humildes
honradas

entre os que cantamlá em belém
e os cantam
por todo o lado´para o cante não se esquecer

quem cantaa vida
quem lembraa históriamais garrida
e quantas
quantas linhas
nos contam unsóutros não

e onde param as linhas
que se acendem
quando as evocas

lembras
quando mais ninguém
tocas
quando as sentes e as ouves

vais além do mundo
esse tal
que em redor evocas

qual redoma espelhada
que para muitos
é tudo
sendo para tal nada...











Poema a  Camões  

- canto universal
que fala ao mundo 
em geralque a nossa voz
não pereceu

E que o cantar de tosos nós
em silencio
se escondeu


- Desde a Rosa das cem folhas Novas
desde as folhas verdes 
além de desfolhdas
folhas pintadas 
pelos grandes "Bragas"


Desde as fartas ribeiras do Mondego,
desde a Fonte das Lágrimas,
que na bela Coimbra,
as rosas de cem folhas embalsamam,

 

do Minho atravessando as águas mansas
em misteriosas asas,
de Inês de Castro, a dona mais garrida,
e a mais doce e mais triste enamorada,
do grão Camões que imortal a fez
cantando as suas desgraças,
de quando em quando a acarinhar-nos vêm
eu não sei que saudades e lembranças.

Lá deu seu fruto a planta abençoada
com sem igual pujança.
Daqui o germen saiu, sabe-o Lantanho
e a sua torre dos tempos afrontada.
Talvez por isso – ó desditosos – sempre
convosco foi o germen da desgraça:
Tu, pobre dona Inês, mártir do amor
e tu Camões da inveja empeçonhada.
Pesam dos génios na existência dura
Tanto a fama e as glórias quanto as lágrimas.

A que cantaste em peregrinos versos,
morreu baixo o poder de mãos tiranas.
Tu acabaste olvidado e na misériae hoje es glória da altiva Lusitânia,
ó poeta imortal, em cujas veias
nobre sangue galego fermentava!

Esta lembrança doce,
envolta numa lágrima,
manda-te desde a terra
onde os teus foram nados


uma alma dos teus versos namorada


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