O VOSSO GALO
pontes internacionais de anos dispares
e as comadres
falando
a mesma voz
berrando
de um e outro lado
dizendo
o que o tempo
e a gente
ia esquecendo
que na cabeça
não se esqueça
que um galo segue
ali
se concebe
uma ideia
silente
que esse que palpita
e não mente
segue e segue
entre a gente...
e que as comadres
assim aconselhamém épocas de farrapada velha
e de coisas que se lembram
casamentos
de perna a perna
para dar amparo
e sereno
agrado
enquanto nos centros capitais
se esquecem estas memórias
aqui se guardam
em cantos maiorais
E se galo de corações e pintas
tem de ser lavado
sua cara de novo transparente
para o verdor da terra que tem bem em frente
assim seja num certo dia
quando a alegria transborde
e a "triste sorte" seja guardada
pelo verdor
da flor
de azar
desde sempre guardada
As Sete Mulheres do Minho
D Maria e Maria da Fonte
o Povo Raso
e o Grande Oriente
Laurindinha
mulher do pobvo
ficas sem terra
e sem homem
assim se flava
e se dizia
sendo novo
pensava ela
ele torna avir
oh laurindinha
que linda que és
que pouco que vês...
LEVAM HOMENS para guerras internas
levam os caixões
da terra
das tradições
cantam
irmãos
cantam de mão em mão
cantam pela comum linguagem
da tradição
nem chão sagrado se vende ou compra
nem a tua terra´nem a água fri«oto agreste
nem a vida que me deste
não!...
(GALIZA -- FICAS SEM HOMENS)
patrocinios internacionais
e os locais
vêm e vão
leal legião
LUSITANA!
que vai para o frente
de gente prussiana
e mais não regressa
(laurindinha - vem à janela)
e depois
em 1809
se esvaem
e se vão
bem depressa
(há uma comadre
aos berros no rio
uma diz que sim
a outra fala de Brio
quando um Brio se apaga
o outro lento se ergue
e relembra a voz consagrada)
Gal
cal
linha
que limite
ou separe
aquilo qu epor dentro
nos ilumine
e nos guie e ampare
Qual das Gal
lizas
quais das lidas
quais da slinhas
quais das linguagens
apagadas
deixadas
viradas
de costas voltadas
quais das Mães
que de um e do outro
do lado do rio gritavam
quais as que diziam
baixo o tecto sabiam
que estamos casados
desde sempre e mais não
irmanados
sabes
aqui também
34-36... palmo amais
palmo amenos
os pequenos
labradores
são da terra senhores
se se vendem
e não se compreendem
se lhes sobra
a Honra
a dignidade
ea tal "sombra"
então passam os ventos
e regressam os tempos
aqueles que todos sabemos
aqueles que guardamos por dentro
nos nossos humildes segredos
assim "Viv'ovelho"
seja Conde de lemos
seja conde de trastamara
seja conde de trava
seja conde
souto
y maior
sejam católicas intenções
de gerar uniões
seja das linhas
caminhas
de mão em mão...
vem da névoa saíndo
a
PROMESSA ANTERIOR
quando avistar
quando a vistei
ao longe
o Mar
ali fiquei
parada a olhar
ondas do mar de Vigo
trazeis notícias do meu amigo?
Vigo que se ergueu
em 1809
como tu
e como eu...
quem cantava
que dizia
que mensagem no tempo ecoava
cantigas de amigo
desse porto
de mar e de abrigo
quanto tempo
entre o tempo
esquecido?...
quando te avistei
e ao longe
o Mar
ali fiquei
varado
no 1.41
parado
a olhar...
se
Ciganos verdes ciganos
se o meu sangue não me engana
contas feitas à vida
havemos de nso encontrar um dia
entre averde
romaria
que se anuncia
de noite
ou de dia...
"procurar"
somentemliverdade
se poderá
se podem
assim
reencontrar
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