Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão
Galiza ficas sem homens
que possam cortar teu pão
Tens em troca órfãos e órfãs
tens campos de solidão
tens mães que não têm filhos
filhos que não têm pai
Coração que tens e sofre
longas ausências mortais
viúvas de vivos mortos
que ninguém consolará
Tantas vozes cantando o mesmo - tanto sangue no mesmo sentir - correu a espuma - vermelha ao vento - nasceu uma pátria que se estende no tempo, para além dos limites que nos querem fazer ouvir...
Ouve a voz do TEU POBO - cantada de largo a largo do porto de graal - ouve o sangue da virtude - que mana do Norte ao Sul de Portugal...
Por ti Gal
Nacemos - além de Franco ou Salazar
Nascemos - nos eidos antigos -e ntre as rochas que falam os rios que cantam e as verdes clareiras - dos carvalhais...
Nascemos - nas mouras, nascemos nos tempos que retomamos o solo consagrado das raízes dos ossos sagrados dos ancestros deste nosso Val
Somos a terra que geme - somos o povo que passa - sempre voltando seu leme - para a sua amada casa
Somos a vida que corre - com nomes mil:
Trava, Castro, Castromil...
Milhadoiros de regresso ao centro de onde partiu nossa terra - nos ossos que se transformaram em rebentos - plantados de norte a sul do firmamento - espalhados pelo globo - sempre filhos da mesma Nae...
Somos um - por muito que nos queiram negar - poderes instituídos - potencias antigas - religiosas, políticas - não poderão nunca vergar ou soterrar:
Os nomes que ecoam no vento, no sangue, no lamento deste mesmo povo a cantar:
Morriña - Saudade - da VERDADE
Desse tempo no que - UM seremos de novo CURMÁNS;