domingo, 30 de dezembro de 2012

Rosa Lia - IMIGRAÇÃO: falada em Língua de Breogán

Letra de Rosália de Castro; Cantar de emigração, Interpretado pela orquestra dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra e Orquestra Clássica do Centro.







Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão
Galiza ficas sem homens
que possam cortar teu pão
Tens em troca órfãos e órfãs
tens campos de solidão
tens mães que não têm filhos
filhos que não têm pai
Coração que tens e sofre
longas ausências mortais
viúvas de vivos mortos
que ninguém consolará


Tantas vozes cantando o mesmo - tanto sangue no mesmo sentir - correu a espuma - vermelha ao vento - nasceu uma pátria que se estende no tempo, para além dos limites que nos querem fazer ouvir...

Ouve a voz do TEU POBO - cantada de largo a largo do porto de graal - ouve o sangue da virtude - que mana do Norte ao Sul de Portugal...

Por ti Gal

Nacemos - além de Franco ou Salazar

Nascemos - nos eidos antigos -e ntre as rochas que falam os rios que cantam e as verdes clareiras - dos carvalhais...

Nascemos - nas mouras, nascemos nos tempos que retomamos o solo consagrado das raízes dos ossos sagrados dos ancestros deste nosso Val

Somos a terra que geme - somos o povo que passa - sempre voltando  seu leme - para a sua amada casa

Somos a vida que corre - com nomes mil:

Trava, Castro, Castromil...

Milhadoiros de regresso ao centro de onde partiu nossa terra - nos ossos que se transformaram em rebentos - plantados de norte a sul do firmamento - espalhados pelo globo - sempre filhos da mesma Nae...

Somos um - por muito que nos queiram negar - poderes instituídos - potencias antigas - religiosas, políticas - não poderão nunca vergar ou soterrar:

Os nomes que ecoam no vento, no sangue, no lamento deste mesmo povo a cantar:

Morriña - Saudade - da VERDADE

Desse tempo no que - UM seremos de novo CURMÁNS;

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