O Jardim das flores brancas: simples e garridas como estrelas coloridas
Diamantes do Céo que alimenta a espr'ança;
Fortalezas de carne e Osso - sustendo Firmes - os nossos sonhos de Criança
Alimentando pacientes esta nossa Vida enquanto ela se detém nestas nossas praias
Grãos de areia - pedras simples - feitos Ouro na Lembrança
Olhar distante do Céu de luz para a costa agreste - nossa casa
Termo antigo que traduz - Saudade - o eco antergo que nos marca
Em inclemências - rudes e subtis: as horas Frias deste tempo que passa
Rápido, lesto - sem por-vir
Ameno, singelo enquanto abraça
O cálido e sereno ressurgir do solarengo sorriso em Confiança
Vida Virtude desconhecida
Neste Mundo por nós Plantada
Espaço Novo - Cor no Escuro
Legado Simples - Eterna Herança
"Das quinas à costa, das costas às esquinas"
VIRIATO
Se
a alma que sente e faz conhece
Só
porque lembra o que esqueceu,
Vivemos, raça, porque houvesseMemoria em nós do instincto teu.
D. AFONSO HENRIQUES
Pae, foste cavalleiro.Hoje a vigilia é nossa.Dá-nos o exemplo inteiroE a tua inteira força!Dá, contra a hora em que, errada,Novos infieis vençam,A benção como espada,A espada como benção!
HORIZONTE
O
sonho é ver as fórmas invisiveis
Da
distancia imprecisa, e, com sensiveis
Movimentos
da esprança e da vontade,
Buscar
na linha fria do horizonte
A
arvore, a praia, a flor, a ave, a fonte –
Os
beijos merecidos da Verdade.
O
QUINTO IMPÉRIO
Triste
de quem vive em casa,
Contente
com o seu lar,
Sem
que um sonho, no erguer de asa,
Faça
até mais rubra a brasa
Da
lareira a abandonar!
Triste
de quem é feliz!
Vive
porque a vida dura.
Nada
na alma lhe diz
Mais
que a lição da raiz –
Ter
por vida a sepultura.
QUARTO
D. TAREJA
As naçôes todas são mystérios.
Cada uma é todo o mundo a sós.
Ó mãe de reis e avó de impérios,
Vela por nós! Teu seio augusto amamentou
Com bruta e natural certeza
O que, imprevisto, Deus fadou.
Por ele reza! Dê tua prece outro destino
A quem fadou o instinto teu!
O homem que foi o teu menino
Envelheceu. Mas todo vivo é eterno infante
Onde estás e não há o dia.
No antigo seio, vigilante,
De novo o cria!
QUARTO
D. TAREJA
As naçôes todas são mystérios.
Cada uma é todo o mundo a sós.
Ó mãe de reis e avó de impérios,
Vela por nós! Teu seio augusto amamentou
Com bruta e natural certeza
O que, imprevisto, Deus fadou.
Por ele reza! Dê tua prece outro destino
A quem fadou o instinto teu!
O homem que foi o teu menino
Envelheceu. Mas todo vivo é eterno infante
Onde estás e não há o dia.
No antigo seio, vigilante,
De novo o cria!
Queixumes dos Pinos
Canto 89
As mofas bafúas,
os odios minguados
e do satiro as focas sonrisas
perecerán.
!Mais os viriles
ritmos ousados,
que ceibaran as cordas de ferro,
non morrerán!
Canto 90
Polo alto cantando,
o sonoroso vai, coa aguillada ó lombo
e garboso ademán,
tardío conducindo,
em nuite de luar,
grave o carro de táboas,
anteposto quezais,
e, cal quen non se cuide
qu'o poidan escuitar,
por cousas que n'esprica
dun suidoso afán,
mil pungentes recordos
se prace en espallar,
mil vagas suidades
ceibando os ecos vai
e da pequena patria a servidume
parece recordar...
O pé do noto castro
ben os mira ó passar,
qu'en massa escura e informe
ajuntados están,
e na nativa costa
os escuita fungar:
parecelle que soan
intrépido compás,
cuida do combate
murmuran o siñal,
en escadrón formados
cal gente de Breogán,
en falange de ferro bem tecida
que sáprest'a luitar
Canto 89
As mofas bafúas,
os odios minguados
e do satiro as focas sonrisas
perecerán.
!Mais os viriles
ritmos ousados,
que ceibaran as cordas de ferro,
non morrerán!
Canto 90
Polo alto cantando,
o sonoroso vai, coa aguillada ó lombo
e garboso ademán,
tardío conducindo,
em nuite de luar,
grave o carro de táboas,
anteposto quezais,
e, cal quen non se cuide
qu'o poidan escuitar,
por cousas que n'esprica
dun suidoso afán,
mil pungentes recordos
se prace en espallar,
mil vagas suidades
ceibando os ecos vai
e da pequena patria a servidume
parece recordar...
O pé do noto castro
ben os mira ó passar,
qu'en massa escura e informe
ajuntados están,
e na nativa costa
os escuita fungar:
parecelle que soan
intrépido compás,
cuida do combate
murmuran o siñal,
en escadrón formados
cal gente de Breogán,
en falange de ferro bem tecida
que sáprest'a luitar
Sem comentários:
Enviar um comentário