sábado, 1 de dezembro de 2012

Mensaxe



O Jardim das flores brancas: simples e garridas como estrelas coloridas

Diamantes do Céo que alimenta a espr'ança;

Fortalezas de carne e Osso - sustendo Firmes - os nossos sonhos de Criança



Alimentando pacientes esta nossa Vida enquanto ela se detém nestas nossas praias



Grãos de areia - pedras simples - feitos Ouro na Lembrança

Olhar distante do Céu de luz para a costa agreste - nossa casa

Termo antigo que traduz - Saudade - o eco antergo que nos marca



Em inclemências - rudes e subtis: as horas Frias deste tempo que passa

Rápido, lesto - sem por-vir

Ameno, singelo enquanto abraça

O cálido e sereno ressurgir do solarengo sorriso em Confiança



Vida Virtude desconhecida

Neste Mundo por nós Plantada

Espaço Novo - Cor no Escuro

Legado Simples - Eterna Herança

"Das quinas à costa, das costas às esquinas"








VIRIATO 

Se a alma que sente e faz conhece
Só porque lembra o que esqueceu,
Vivemos, raça, porque houvesse
Memoria em nós do instincto teu.

D. AFONSO HENRIQUES
Pae, foste cavalleiro.
Hoje a vigilia é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro
E a tua inteira força! 
Dá, contra a hora em que, errada,
Novos infieis vençam,
A benção como espada,
A espada como benção!


 HORIZONTE
O sonho é ver as fórmas invisiveis
Da distancia imprecisa, e, com sensiveis
Movimentos da esprança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A arvore, a praia, a flor, a ave, a fonte –
Os beijos merecidos da Verdade.




O QUINTO IMPÉRIO
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar! 
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz –
Ter por vida a sepultura.


QUARTO
D. TAREJA 

As naçôes todas são mystérios.
Cada uma é todo o mundo a sós.
Ó mãe de reis e avó de impérios,
Vela por nós! Teu seio augusto amamentou
Com bruta e natural certeza
O que, imprevisto, Deus fadou.
Por ele reza! Dê tua prece outro destino
A quem fadou o instinto teu!
O homem que foi o teu menino
Envelheceu. Mas todo vivo é eterno infante
Onde estás e não há o dia.
No antigo seio, vigilante,
De novo o cria!


Queixumes dos Pinos

Canto 89

As mofas bafúas,
os odios minguados
e do satiro as focas sonrisas
perecerán.

!Mais os viriles
ritmos ousados,
que ceibaran as cordas de ferro,
non morrerán!

Canto 90

Polo alto cantando,
o sonoroso vai, coa aguillada ó lombo
e garboso ademán,
tardío conducindo,
em nuite de luar,
grave o carro de táboas,
anteposto quezais,
e, cal quen non se cuide
qu'o poidan escuitar,
por cousas que n'esprica
dun suidoso afán,
mil pungentes recordos
se prace en espallar,
mil vagas suidades
ceibando os ecos vai
e da pequena patria a servidume
parece recordar...

O pé do noto castro
ben os mira ó passar,
qu'en massa escura e informe
ajuntados están,
e na nativa costa
os escuita fungar:
parecelle que soan
intrépido compás,
cuida do combate
murmuran o siñal,
en escadrón formados
cal gente de Breogán,
en falange de ferro bem tecida
que sáprest'a luitar





Sem comentários:

Enviar um comentário