Quando as carvalheiras e o fogo do corpo santo
se juntam
de quando em quando
e se sustentam
e de vida
nos alimentam
qual Rei das florestas antergas
que tanto que recordas e lembras
em lendas de Mar Uxia
entre os antigos
e
os nossos dias
Esses… nos que dançávamos
entre as carvalheiras
nos encontrávamos
nesse nosso solo sagrado
vida e povo
sendo de novo curados
em fitas e sinais d’oiro
sendo à luz d’oiro entrelaçados
sendo vida… e povo vivo
entre si mesmos reencontrados
rei e a floresta reunidos
eram pela vida… honrados
sendo Vida… estando Humanos
Luz no topo da montanha
Luz de céu a céu
de Portugal à Espanha
iluminando as rochas de novo vivas
essas que se evoca nas romarias
as mais antigas… as mais conhecidas
na noite rasgando o breu
com essa força e vida e calor
que é humano
que é teu… e que é meu…
Armeria pubigera
Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental.
Em termos de naturalidade é endémica da Península Ibérica.
Rosa Marinha
Orvalho de Amar
hei de ir hoje
para o lugar
d'onde
as ondas mais belas
ainda me lembrem
da origem do meu vagar e cantar
da minha forma esguia
a que por dentro brilha e nos guia
neste meu estranho e livre peregrinar
neste estar procurando:
...sabendo...
que a ti irei regressar
Com ervinhas de namorar
por quem além mar está
fala o ninho do meu amor
hei d vestir a camisa de linho
com as ervinhas de namorar
papoilas vermelhas trazem a guerra
entre as rosas deste nossa terra
Fala o Minho do Meu Amor
Cabos do mundo
que se acendam na noite Maior
que se Canedam no dia de Aurora
que se acendam com aluz viva
aind apor dentro
de nos assim resguardada
"A Santo André de Teixido vai de morto quem não foi de vivo"
falésias perto de S. André
concelho de Cedeira
tantos lugares ancestrais
tantas rochas e mares
e ervas de encantar
ou purificar
levar o alecrim - para qualquer lugar - para um outro fim
levar por dentro S. João e hipericão
festejar, e celebrar a a vida
e dançar e se purificar
nessa grande via
essa vida em nós também a se manifestar
livre entre abrisa de maresia
entre agente que assim ia
gente livre que aqui vivia
que se mostrava
ao luar livre
cantava
além guerra
filhos e filhas da terra
assim se encontravam
assim se entrelaçavam
em altares que a própria vida
entre a terra querida
entre o ar e o mar
e a gota do céu que caia
e a fervenza de rio que corria
e o verde das árvores que se acendiam
entre pequenos fogos de calor, de carinho e de amor
que nos guardavam e portegiam
sentido de pertença interior
sentido de integração maior
se encarragava ela Vida
de erguer e manter e refazer
esses lugares anos encontrar
em tanto e tanto lugar
por toda a costa deste porto de Graal
onde se pudessem os de bem querer
por bem- em bem - se encontrar...
terras do além
bem aquém
bem ali
entre as costas e as orlas do nosso grande mar
Mar de Amar...
desde os verdes outeiros
e os vivos seres
derradeiros
cantos de vida e louvor
e encantos de vida por puro primor
sobre as costas dançavam
e viam a luz da Rosa Mais pura
tanto no alto alçada
qual reflectida
em vidas e águas
e nas miradas
reconhecida
nos beijos que se davam
e se não sentiam
no sentir vida em b«vida que nos ajudava
nas rochas e vidas, na vida toda ela sagrada
ainda recordando
nos cantares dos avós
talvez evocando
a vida que ainda arde…
…Vida que é em nós…
E se deu assim,
num próximo
e livre
e vivo confim
quem se olhou num mesmo olhar
de mim… para ti
de ti… para mim
…sem se precatar…
não mais estando confundido
não mais dizendo
nem escrevendo
a palavra amigo
sendo assim qual rosa branca
no estio do deserto ondulante
seu brilho reflectido
qual a tal rosa vermelha e pura
a mais velha
dentro do coração humano
além do que é aparente e profano
existe a entrega
da vez pimeira
por sãoJoão ou quem seja
entre a carvalheira mais antiga
algo que testemunho interno
por dentro de nós
assim... em simples verdade o diga
a luz da vida
em plena Aurora Luzidia
a plena luz de amar
de se entregar
mão em mão
em coração
ao nascer de um novo dia...
porque se chama rosa à rosa
porque a rosinha canta
nas argas
que em Lisboa
sem carvalheira
não encontrará seu chão
em musica assim cantada:
sua verdadeira paixão e vocação
outeiro de vida que de verde se vestia
perspectiva da entrega
da terra
na floresta mais natiga
foste o primeiro
foste a primeira
de dia ao sol
de noite ao luar
essa rosa que é pura
na serra se mantéme segura
na forma de orvalho
entre o antigo carvalho
parte como estrela de esperança
reflectida em amplo mar
verde de amar
que traga de volta a nossa antiga herança
rosa branca e rosa e azul de esperança
Rosa assim chamada
na tripla chama entrançada...
chama da vida ai reencontrada
ROSA-ALBARDEIRA
vi uma rosa-albardeira
ai se eu pudesse colhia-a
mas disse-me um passarinho
que se a colhesse morria
que se a colhesse morria
pois não se dá prisioneira
meu amor, eu não sabia
que eras a rosa-albardeira
fui-te a ver e não voltei
deixei pai, deixei mãe
e a casa onde nasci
és para mim a primeira
queira deus ou não queira
já não me largo de ti
fui-te a ver ao pé da serra
a tua rosa foi minha
e semeei-te na terra
à noite pela fresquinha
um dia quando eu partir
fica a nossa sementeira
de nós dois há-de florir
mais uma rosa-albardeira
fui-te a ver e não voltei
deixei pai, deixei mãe
e a casa onde nasci
és para mim a primeira
queira deus ou não queira
já não me largo de ti
.
Música: João Gil
Letra: J. Monge
vi uma rosa-albardeira
ai se eu pudesse colhia-a
mas disse-me um passarinho
que se a colhesse morria
que se a colhesse morria
pois não se dá prisioneira
meu amor, eu não sabia
que eras a rosa-albardeira
fui-te a ver e não voltei
deixei pai, deixei mãe
e a casa onde nasci
és para mim a primeira
queira deus ou não queira
já não me largo de ti
fui-te a ver ao pé da serra
a tua rosa foi minha
e semeei-te na terra
à noite pela fresquinha
um dia quando eu partir
fica a nossa sementeira
de nós dois há-de florir
mais uma rosa-albardeira
fui-te a ver e não voltei
deixei pai, deixei mãe
e a casa onde nasci
és para mim a primeira
queira deus ou não queira
já não me largo de ti
.
Música: João Gil
Letra: J. Monge
transformada em campo verde
assim também hoje
de novo o seja
Luz que nos acompanha
em eterno brilhar se espalha
se o meu sangue
e sentir
se aminha forma de ser e sorrir
assim nem tem gana
assim a tua emmim não se engana
entre reflexos de esperança
a vid atermina ou acaba
havemos meu amor de ir
havemos de i a viana
além do que npos é dito serrir
sorrir e florir
num b«novo despontar d'alv@rada
havemos de ir
hei de ir
havemos de ir a Viana
(que de castelo tem coroa
e em seu ceptro uma flor
uma barca de pedra em mão lavrada)
Entre sombras misteriosas
em rompendo ao longe estrelas
trocaremos nossas rosas
para depois esquecê-las.
Se o meu sangue não me engana
como engana a fantasia
havemos de ir a Viana
ó meu amor de algum dia
ó meu amor de algum dia
havemos de ir a Viana
se o meu sangue não me engana
havemos de ir a Viana.
Partamos de flor ao peito
que o amor é como o vento
quem pára perde-lhe o jeito
e morre a todo o momento.
Se o meu sangue não me engana
como engana a fantasia
havemos de ir a Viana
ó meu amor de algum dia
ó meu amor de algum dia
havemos de ir a Viana
se o meu sangue não me engana
havemos de ir a Viana.
Ciganos, verdes ciganos
deixai-me com esta crença
os pecados têm vinte anos
os remorços têm oitenta.
Pedro Homem de Melo
Luz que festejamos
em saudade nos saudamos
sempre em próprio cantar
viva e interior
assim a festejamos
Vida e amor assim entrelaçamos
Luz Maior em nosso olhar
Em nosso dizer e fazer e falar
Palavras de alegrias…
dos segredos…
dos antigos e novos dias
poderão dizer as andorinhas
que venhem
e se vão
e que do sul por vezes regressam
e que assim confessam...
poderão ser manchas escuras
frente a altares de pedras... duras
calçadas
por portuguesas passadas
assim se erigiam
as mais altas e dignas
de onde fluíam
as mais fortes aguas frias
puras, correntes, livres e luzidias
eis as antigas torres de nossos dias
de dias tão quentes
as torres mais altas e vivas e eloquentes
entre as gentes
de entre as gentes...
assim pedras se diz que se pisavam
e das pedras se elevaram
essas que mais ninguém queria
Canta em Vida Rosalia
que castelões de castela terminavam
por ver a linha da terra e da tradição consagrada
nessa mulher de povo
que sendo tudo
parecia aquel'outra não valer nada
a mais alta torre assim cantada
a mais alta torre em voz de povo lavrada
a mais alta torre assim reerguida
quando parecia
por dias e dias
de letargia
jazente e tombada
torre de vida
pela própria vida guardada
No le temo a la vida ni a la muerte
cuando siento en mi pecho palpitar tu corazón,
no hay poder en el mundo que consiga
doblegarme por la fuerza a su razón
cuando eres tierra,
cuando soy agua.
No hay misterio que oculte su secreto
cuando siento en tu cuerpo que el principio es el final,
que la vida es el sueño que me acuna
Por tu vientre más allá del bien y el mal
cuando eres tierra,
cuando soy agua.
Y si al fin no somos mas que polvo,
seamos polvo, seamos polvo nada más...
mas polvo enamorado.
No hay becerros de oro suficientes,
ni perfumes de incienso ni coronas de laurel
que consigan sembrarme ni la duda
de alejarme un sólo instante de tu piel
cuando eres tierra,
cuando soy agua.
No me importa instalarme en la locura,
ese infierno divino donde Dios y Lucifer
inventaron al ángel y al demonio
que conviven en tu cuerpo de mujer
cuando eres tierra,
cuando soy agua.
cuando siento en mi pecho palpitar tu corazón,
no hay poder en el mundo que consiga
doblegarme por la fuerza a su razón
cuando eres tierra,
cuando soy agua.
No hay misterio que oculte su secreto
cuando siento en tu cuerpo que el principio es el final,
que la vida es el sueño que me acuna
Por tu vientre más allá del bien y el mal
cuando eres tierra,
cuando soy agua.
Y si al fin no somos mas que polvo,
seamos polvo, seamos polvo nada más...
mas polvo enamorado.
No hay becerros de oro suficientes,
ni perfumes de incienso ni coronas de laurel
que consigan sembrarme ni la duda
de alejarme un sólo instante de tu piel
cuando eres tierra,
cuando soy agua.
No me importa instalarme en la locura,
ese infierno divino donde Dios y Lucifer
inventaron al ángel y al demonio
que conviven en tu cuerpo de mujer
cuando eres tierra,
cuando soy agua.
dos cantos que reconhecemos
ao vento plantados…mais além do tempo
filhos do barlavento de novo encontrados
e assim a seu devido momento evocados
Entre as veredas mais antigas…
…nos lugares mais sagrados…
Entre as danças mais garridas
gestos e palavras vivas e amigas
hoje chamados de profanos
"¡Casteláns de Castela,
tendes corazón de aceiro,
alma coma as penas dura,
e sen entrañas o peito!
tendes corazón de aceiro,
alma coma as penas dura,
e sen entrañas o peito!
En tros de palla sentados,
sen fundamentos, soberbios,
pensas que os nosos filliños
para servirvos naceron.
sen fundamentos, soberbios,
pensas que os nosos filliños
para servirvos naceron.
E nunca tan torpe idea,
tan criminal pensamento
coubo en máis fatuas cabezas
ni en máis fatuos sentimentos.
tan criminal pensamento
coubo en máis fatuas cabezas
ni en máis fatuos sentimentos.
Que Castela e Casteláns,
todos nun montón, a eito,
non valen o que unha herbiña
destes nosos campos frescos."
todos nun montón, a eito,
non valen o que unha herbiña
destes nosos campos frescos."
Rosalia de Castro - "Castellanos de Cstilla"
"Falo de ti às pedras das estradas,
E ao sol que e louro como o teu olhar,
Falo ao rio, que desdobra a faiscar,
Vestidos de princesas e de fadas;
Falo às gaivotas de asas desdobradas,
Lembrando lenços brancos a acenar,
E aos mastros que apunhalam o luar
Na solidão das noites consteladas;
Digo os anseios, os sonhos, os desejos
Donde a tua alma, tonta de vitória,
Levanta ao céu a torre dos meus beijos!
E os meus gritos de amor, cruzando o espaço,
Sobre os brocados fúlgidos da glória,
São astros que me tombam do regaço! "
E ao sol que e louro como o teu olhar,
Falo ao rio, que desdobra a faiscar,
Vestidos de princesas e de fadas;
Falo às gaivotas de asas desdobradas,
Lembrando lenços brancos a acenar,
E aos mastros que apunhalam o luar
Na solidão das noites consteladas;
Digo os anseios, os sonhos, os desejos
Donde a tua alma, tonta de vitória,
Levanta ao céu a torre dos meus beijos!
E os meus gritos de amor, cruzando o espaço,
Sobre os brocados fúlgidos da glória,
São astros que me tombam do regaço! "
Florbela Espanca
Perdi meus
fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!
Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...
Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...
(MENSAGEM DA VIOLETAS)
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
"Charneca em flor
Numa letra peuena
numa chama mais pura
essa que vive entre a mais simples gente
que humilde
se transforma no tempo
e o tempo assim apura
qual vaso de agua pura e greste
que se esvazia
para mostrar o que de ti deste
algo que tempo algum assegura
algo que nem é taça d'oiro,
nem arminho,
nem esfera,
nem ceptro,
nem trono
algo tão simples como água
verde
e vera
que escorre nas rias e portos
vem dos outreiros
da carvalheira mais velha
algo perene
tão verde
comoo verdor desta terra sm dono
desta terra que é Mãe de Todos
assim escondida
sempre presente
assim Humilde
qual terra ainda quente
depois de ter sido pisada
por pés descalços lavrada
depois de ter sido honrada
pelo saber e saber fazer
tradição mais viva e sagrada
as nossas flores mais puras
além dos castelos
e dos castelões
que cobrem outeiros
verdes
livres e primeiros
como cobrem d eluto os corações
assim veros
assim livres
assim sinceros
castelões de castela
que fizestes desta
a nossa Verde terra
de verde e verdade a mais bela?...
quem clama e declama e declara
na cara
é boa de breogán
é boa de quem dizia
não conhecer
quem não soubsse bem dizer
"sim, sim, não, não"...
dizer com voz de Coragem
com voz de bom coração
subir
ao cimo
uma luz branca
fogo amigo
minha amiga
minha amada
irmã
de alma irmanada
imos nós
por vós
para o amar maior
imos
de aqui para além
para a terra de nós quem...
foram cardos
foram as Rosas
arrancadas do meu solo
esse amor que é nosso
esse amor que é verdadeiro consolo
dá sinal
quando o namoro
esteja entre nós feito
e direito
e sincero...
Castelã - senhora que pareces
quea vida inteira e raiz de um povo
nas tuas ladaínhas desconheces
essa de verde cingida
de benignos astros vestida
essa a própria
da terra
em terra to diga
quão grande e garrida e viva
é a nossa linha florida...
e a vemos
qual vera luz reflectida
seja noite, seja depois dia
assim o asseveramos
qual trova do vento que passa
que alumia candeias em tempos de servidão
que eleva vozes tão cheias
que à opressão
dizem "não"
com as parelhas
com as gentes vivas e da terra assim prenhes
e cheias
de vida
passsada de mão em mão
de irmão a irmão
em cálice dourado
feito malga de fruto agreste
consagrado
Em cantiga que o diga
Seja que noite esconde o mais puro do dia
Seja que o coração se esconde
quando qualquer palavra a mal diga
Seja que sendo a Rosa
Seja em verso
Seja em prosa
Se canta e se ama
Em qualquer lugar
Assim entre Vidas se afaga
Seja de dia
Como vida
Seja entre essa noite
Nesse tal vagar de amar
Baixo esse lugar silente
Lubre em pleno luar…
essa Rosa das águas
parecendo perdida
jorrando sem parar
aparecendo hoje esquecida
em nome de estranheza singular
sendo assim de novo sentida
reflectida em pleno olhar
para quem assim a souber
…ver…
…e…
cuidar
abraçando-a em si mesma
em si mesmo a portar
quando de estrema dura
a estrema dra
um pranto de guitarra
faz da terra mais dura
daquilo qu etempo algum apura
a chama da mmemória... a mais antiga
essa que conte em voz e melodia
que diga
que a saudade, morriña anõranza nos tem a contar
que as estrelas mais quentes
eos astros mais candentes
marcam sua corola
de boreas
e ventos
para aqui...
gente de mar
silente
gente de ser
presente
gente trs«iste, e firme, e eloquente
qual velho sedente
que conta
de barba ardente
como caminha
por ali
e por aqui
como caminha desbravandoo scaminhos do pão
como caminha entre as praias
só
quando se erguem gaivotas em terra
assim tempestade possa chegar
se uma praça inteira oentenda
tempestade alguma no spoderá
nunca mais
arredar
nessa nossa aura singela
que se contempla quando
…ainda menina…
se encontra à janela
minha terra, meu mar de amar
meu gado comprado
vendido e em quotas levado
terra verde
verde terra nossa
quanto tens tu passado
entre os que te vendem
os que te compram
os que te compreendem e entendem
para além das linhas de faz de conta
quanto contas
em voz de luar
quanto guardas
em nós de encantar...
que recobre a orbe mais vasta
em nossos dias de Primavera
e a flor branca foi
de ilha em continente
que o amar unisse
já não nos separasse
sagrou-te
baptizando-te
sendo em água e verde e mar e sal
de lágrimas
de amar
em porto de sangue real
real entre toda a gente...
cumpriu-se
esse mal de amar
esse mar de amar
que oceano rugindo de amor
jucundo fez assim brotar
como bola azul
entre mãos de criança
pura e livre e viva
sinal d'esprança
vida nova
de novo a navegar
o mundo
mundo novo a se recriar
em qual que em verdade queira
em quem saiba encontrar companheira
em quem possa de novo amar a vida
inteira
essa neste nosso mundo contida
entrando e estando
esquecendo assim a saída
assim sendo e permanecendo
num mundo novo
crescendo
tão bela… qual tocha perene…
plantada na mais alta rocha
por sempre acesa…
além do que a alma ainda teme
em verde e oiro se agitam
em pinheiros que o passado gritam
não sabem eles
o sonho
que comanda a via
em mãos de criança
qual bola luzidia
assim escondida...
assim avançando
por entre a gente entrando
como outrora nos lembrávamos de convidar
a gente conhecida e desconhecida
em casa do amor a poder entrar
as espigas autóctones do SUDOESTE da Europa, do Pinheiro Bravo - que se estendem - na Galiza e Portugal... e algures em terra Francas... em terras de gentes livres e verdadeiras, entre as bravas gentes, sempre as primeiras...
qual brisa que se respira nos trespassando
qual semente amiga..
por dentro assim aninhando
suavemente despertando
dons entre vidas assim mesmo se mostrando
por hora
por nós gente assim presa
candeia que a noite incendeia
ficando perenemente acesa
desde cimas de montes mais altos
qual água viva assim sobre nós jorrando
qual farol vivo sentido indo além sobressaltos
regressamos do sono eterno
assim dormentes
dia a dia – novas vidas, novas sementes
amor à vida e à terra
que nosnutre e nos une
nos alimenta e não nos deixa ficar impunes
como diz uma música de amar
que não deixes impune aquilo que podes
dentro de ti acolher
e como facho de vida
em chama em ti contida
portar
chama de livre estiva
fachos de lume em ti a evocar
esses que se manifestam e exprimem
no teu livre dançar
no teu livre falar... e cantar...
nosso mesmo som
nossa mesma voz
assim pelo ar
pelo mundo inteiro a vibrar....
plenamente nos mostramos
nos braços mais correntes
nos mais humildes portos de abrigo
a barca de viver varamos
Ai nos acolhemos… e adormecemos
Ai verdadeiro amor
assim em tempo e devoção
e entrega por opção maior
encontramos
entre duas barcas cantava
a voz de um mesmo cantar
entre duas aguas vogava
a mesma forma de saber navegar
entre os dias e horas pautadas
pelas mesmas linhas marcadas
assim se fez este nosso mar
este verdor ao chegar
este amar maior
de amor
o mundo inteiro a abraçar
uma mesma voz
um sentir igual
ondas que diz o poeta
são lagrimas de um mesmo sentir e falar
ondas de vida e cor
ondas de saudade e dor
olhando anorte
o farol
a vida e a memória
de ser e sentir
algo que vem de dentro... e é melhor
entre os leitos assim anunciados
em peitos assinalados
qual regaços do mais alto pousamos
entre penas de travesseiros de anjos
despertamos
capelas e pedras
e castelos sobre eleas...
e pedras antigas e ancstrais
e pedras vivasdos nossos maiorais...
desde costa a costa além mais
vivas memórias dos nossos pais...
pais de lendas, calendas e gentes imemoriais
pais de gentes vivas e tenras
- na sua forma de se mostrar
fortes e firmes
ao falar e ao navegar...
torre exaltada de jeito expedito
torre mais alta em alto grito
mantendo a via devida
nossas vidas abertas, abertas as
perspectivas
tal qual a voz com vida naquilo que é dito
da luz mais pura
da fonte mais segura
da luz que é nossa a tempo inteiro
que é Ser Humano… do ser o mais verdadeiro
que das argas
se esvaia uma rosa
que é de "MAR"
e se vá para além Gaia
e se sinta sem paixão para alumiar
rosas vermlhas
rosas de vidas
as mais bellas
sejam essas aquelas que nem se vê
nem se compreende
e na que muito ainda nem crê,,,
desde o primeiro momento ao tal…
…da passagem…
de corpo inteiro e coragem
minha rosinha... algo que se diz aqui na linha
eu hei de te amar
nessa nossa noite
a mais linda
a mais bela noite
em dia a se mostrar
luz de vida assim encontrada
assim escondida
assim resguardada
assim esquencida
essa que era
essa que é tua e que é minha
mesma voz a tenha
mesma nossa "Rosinha"
ainda a retenha
Vida nossa
na voz anterga
da fala
do olhar
que embala
a vez
a primeira
mesmo entre a noite mais fria
mesmo na aparente “lonjania”
sempre qual faro de vida e de certeza
se encontra essa vida, se recordam e evocam
as noites que eram como pleno dia
se adormece em vida…
por ventura despertando
entre tamanha beleza
de novo entoando
nesse algo que de novo convida ase entrelaçar
nos tempos nos que se diga
nos que se convidam as vidas a dançar
à Vida assim de novo entrelaçada
tal qual senhora de espiga
em serra d’Arga plantada
em olhar e fulgor de viver e de amar
se aqueça e mais não se esqueça
e volte, e volte
como água pura
sem parar
guardoo que "beijo" para sempre
uma clara imagem
num manto imenso de água
a tua claidade
sem mácula
move o mundo
corrente forte
qual prata
move o nosso mundo
e doirada
flor de esp'rança
de verdor de verdes pastos
e prados
e astros bem iluminados
eflectidos
no solhares amigos
que assim sabem ouvir
por dentro sorrir
e bem se falar...
assim vida em nós
ainda contida
esperando que o dia
que se avizinha
nos venha de novo irmanar
qual gota de vida que mergulha
dormente desde o céu assim pendente
caindo e se espreguiçando
e o frio eterno deixando
e na sua viva luz e cor
traduzindo
as mil e uma cores
devidas tremeluzindo
arco iris sem definir
qual o caminho obrigado que se tem de seguir
uma e mil cores ase juntar
e mais de mil amores
de vidas assim a pairar
espiralando
assim se entrelaçando
e de novo sendo água que flui
se celebrando
qual vida em nós retida
assim se libertando
chegando ao grande mar de Amar
ascendendo e voltando
ou se deixando… se deixando
em palavra
sopro que nos diz tanto
a raiz velha e antiga e profunda
alimentando
ou em rio quente
de água viva e corrente
de novo se transformando
bruma que nos ajuda
enquanto este tempo apura
a se ir navegando
pouco a pouco reencontrando
esse algo que é em nós
que se faz viva voz
assim também se mostrando…
tantas as mil formas de semostrar
em nenhuma delas perfeita ou inteira
esperando… a tua viva voz e o teu vivo pranto
qual parto de vida, de amor,
da criativa entrega…
por opção e louvor
para se fazer de novo mostrar
naquilo que és
e no tanto…
tanto..
que ainda tens para amar
transformado em formas dos poemas que não lês
que entregas a quem seja, como a
água pura e livre
a que bebes e por dentro de ti leves
a que jaz silente
a teus pés
a verde terra
a verde terra nossa
a linhagem briosa
de quem labuta e se afaga
de quem se mostra e não cala
de quem ama
e se embala
nas corroidoiras
de águas claras
nas noites de luzes veladas
as tuas e as minhas mãos entrelaçadas
entre os sonhos
dos dias felizes
e os momentos mais quentes
qual aves se fazendo petizes
qual gentes vivas
de novo felizes
pelo ar
nosso a esvoaçar
crianças antergas
gentes novas
parecendo velhas
arbustos robustos
por entre rochas de sal a despontar
o luar espreita
os ventres felizes
a despontar
a mar mais bem fazeja
assim seja
a se manifestar
em marés de vida
concebida
de novo entre nós a se mostrar
mares e amares
assim entrelaçados
assim sustidos e amparados
mão em mão
de irmão a irmão
de coração a cporação
gestos de mãos que curam
nos gestos mais pungentes
entre as estrelas
vivas
e suas luzes mais transparentes...
segredo não há
mistério está além do véu
aqui em mim
acolá
em ti
está onde o quiseres tu plantar
está no coração vivo
que assim em ti de novo investido
se possa assim demonstrar
estará ali o templo vivo
estará ali o grande tesouro a guardar
que as linhas devidas
e que as águas esquecidas
vltem de novo a fluir... de vagar
com tempo e vontade
com sua livre espontaneidade
para se mostrar
e reconhecendo
o que são por dentro
de novo em nova luz se entrelaçar
humildade da
terra sem idade
que te acolhe e
te ampare
humildade desse
céu e desse mar
que sendo imensos
e eternos
estão sempre em
teu redor a te amparar
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