segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Cantigas do Mar de Vigo... Cantigas de Amor Amigo


cantigas das flores de maio

das flores do carvalho

das flores da vida e do dia
no que a vida seja sintonia

para dizer ao mundo

esse rio profundo

que esse tal 
desconhecido
era porto  e peito de abrigo





Eu fui ver a minha vida
lá para os baixos do Norte em mim

dei-lhe a rosa que a guarda
para se lembrar assim

Fui ver algo dentro do passado

dei-lhe o lenço branco
que é do mais fino de Braga capital

e agora quando protugal esqueder

chora por quem muito amargou
para então dizer ao lume
"deus" o deu
e "deus" o outorgou...

lume brando, lume branco de esparando

lume vermelho na noite a luzir

um marte traz a outra luz a se sentir


Tradição popular

encostado à roca
esperando a vida se poder doar
esperando em vida assim poder voar

eram os linhos as espigas e os antigos
eram as rosas vermelhas
as brancas eram em todo o mundo
eram as que brilhavam pelo olhar adentro
pelo mar que luzia e refletia
contendo
o que mais se escudou

a verdade
do verde campo
entre campos resguardada
entre torres escudada
entre os tudos
e os "nada"
assim esperada
ainda por nascer
nesse lugar mais dentro
nesse lugar do coração

vêm pássaros do Sul
contar histórias de reviver
nós aqui vivemos
até assim poder reviver

Norte viva
note certa
norte de costa
que mais não se acerta...




desbandaram
quando mais eram precisos
e voaram para lugares
por onde sumiram

pássaros do sul
bando de asas soltas
trazem agora melodias
para encantar as nossas moças
nas nossas noites de romaria

como se amouraria tivesse
a flor de carvalho que aqui não se esquece



uma mágoa no olhar
uma b«vida nossa a se transformar

despedir o ser
devagar
deixar-se pela estarda da vida
in devida
assim levar

como rosa branca esvaída
pétalas espalhadas
ao vento levadas
como fragmentos de vivas espadas
assim derruídas
destruídas
e transformadas

em ancoras prendidas
em noites de frias estrelas 
divididas
até em nós de novo brilhar
até entre nós assim voltar

esse tal Porto
esse tal porto de sangue real

pois a hora de se transformar 
senhora
está a chegar

está ali
do monte alto
que foi de amor o pranto

ali a arder
devagar
sem se ver

assim a se mostrar...


senhora dos dias 
caçadora d'horas
senhora das florestas e das suas primorosas presas
Primaveras
outrora tão belas
agora silentes
vazias
agora esperando de novo
seus dias
se refazendo entre nós como vias vivas a se percorrer

se fazeis de nós outra vez
reis

então seremos o que quereis...


sentir a tremeluzir
espelhos de novo de novo a luzir

espelhos de vida
ao mundo inteiro a iluminar
que este triste e solitário lugar´continua
senhora
a vos resguardar...





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