cantigas das flores de maio
das flores do carvalho
das flores da vida e do dia
no que a vida seja sintonia
para dizer ao mundo
esse rio profundo
que esse tal
desconhecido
era porto e peito de abrigo
Eu fui ver a minha vida
lá para os baixos do Norte em mim
dei-lhe a rosa que a guarda
para se lembrar assim
Fui ver algo dentro do passado
dei-lhe o lenço branco
que é do mais fino de Braga capital
e agora quando protugal esqueder
chora por quem muito amargou
para então dizer ao lume
"deus" o deu
e "deus" o outorgou...
lume brando, lume branco de esparando
lume vermelho na noite a luzir
um marte traz a outra luz a se sentir
Tradição popular
encostado à roca
esperando a vida se poder doar
esperando em vida assim poder voar
eram os linhos as espigas e os antigos
eram as rosas vermelhas
as brancas eram em todo o mundo
eram as que brilhavam pelo olhar adentro
pelo mar que luzia e refletia
contendo
o que mais se escudou
a verdade
do verde campo
entre campos resguardada
entre torres escudada
entre os tudos
e os "nada"
assim esperada
ainda por nascer
nesse lugar mais dentro
nesse lugar do coração
vêm pássaros do Sul
contar histórias de reviver
nós aqui vivemos
até assim poder reviver
Norte viva
note certa
norte de costa
que mais não se acerta...
desbandaram
quando mais eram precisos
e voaram para lugares
por onde sumiram
pássaros do sul
bando de asas soltas
trazem agora melodias
para encantar as nossas moças
nas nossas noites de romaria
como se amouraria tivesse
a flor de carvalho que aqui não se esquece
uma mágoa no olhar
uma b«vida nossa a se transformar
despedir o ser
devagar
deixar-se pela estarda da vida
in devida
assim levar
como rosa branca esvaída
pétalas espalhadas
ao vento levadas
como fragmentos de vivas espadas
assim derruídas
destruídas
e transformadas
em ancoras prendidas
em noites de frias estrelas
divididas
até em nós de novo brilhar
até entre nós assim voltar
esse tal Porto
esse tal porto de sangue real
pois a hora de se transformar
senhora
está a chegar
está ali
do monte alto
que foi de amor o pranto
ali a arder
devagar
sem se ver
assim a se mostrar...
senhora dos dias
caçadora d'horas
senhora das florestas e das suas primorosas presas
Primaveras
outrora tão belas
agora silentes
vazias
agora esperando de novo
seus dias
se refazendo entre nós como vias vivas a se percorrer
se fazeis de nós outra vez
reis
então seremos o que quereis...
sentir a tremeluzir
espelhos de novo de novo a luzir
espelhos de vida
ao mundo inteiro a iluminar
que este triste e solitário lugar´continua
senhora
a vos resguardar...
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