quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Luz de vida dos marinheiros de sete mares andarilhos, corações perfeitos entrelaçados, entre vidas e olhares de espelhos reflectidos e reencontrados


Quando as carvalheiras e o fogo do corpo santo
se juntam

de quando em quando

e se sustentam

e de vida 
nos alimentam

qual Rei das florestas antergas
que tanto que recordas e lembras

em lendas de Mar Uxia

entre os antigos
os nossos dias

Esses… nos que dançávamos
entre as carvalheiras 
nos encontrávamos

nesse nosso solo sagrado
vida e povo 
sendo de novo curados

em fitas e sinais d’oiro
sendo à luz d’oiro entrelaçados

sendo vida… e povo vivo
entre si mesmos reencontrados

rei e a floresta reunidos
eram pela vida… honrados

sendo Vida… estando Humanos


Luz no topo da montanha
Luz de céu a céu
de Portugal à Espanha

iluminando as rochas de novo vivas
essas que se evoca nas romarias
as mais antigas… as mais conhecidas
na noite rasgando o breu

com essa força e vida e calor
que é humano
que é teu… e que é meu…

ainda recordando
nos cantares dos avós
talvez evocando 
a vida que ainda arde…
…Vida que é em nós…

E se deu assim,
num próximo
e livre
e vivo confim

quem se olhou num mesmo olhar
de mim… para ti
de ti… para mim

…sem se precatar…

não mais estando confundido
não mais dizendo
nem escrevendo
a palavra amigo

sendo assim qual rosa branca
no estio do deserto ondulante
seu brilho reflectido

qual a tal rosa vermelha e pura
a mais velha

transformada em campo verde
assim também hoje
de novo o seja


Luz que nos acompanha
em eterno brilhar se espalha


Luz que festejamos
em saudade nos saudamos

sempre em próprio cantar
viva e interior
assim a festejamos

Vida e amor assim entrelaçamos
Luz Maior em nosso olhar
Em nosso dizer  fazer  falar

Palavras de alegrias…
dos segredos… dos antigos e novos dias

dos cantos que reconhecemos
ao vento plantados…mais além do tempo
filhos do barlavento de novo encontrados
e assim a seu devido momento evocados

Entre as veredas mais antigas…
…nos lugares mais sagrados…

Entre as danças mais garridas
gestos e palavras vivas e amigas
hoje chamados de profanos

e a vemos
qual vera luz reflectida

seja noite, seja depois dia
assim o asseveramos



o minha Rosinha eu Hei de te amar
de dia ao Sol
denoite ao luar

de noite ao luar
de noite ao luar

estrela do mar
na esperança
se voltar a encontrar







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