O subtil e o útil
Entre as vagas de um mar que brama…
que chama
A negra chama se esvai
Na noite escura que cai…
Pedras antergas
Dessa luz
Que o tempo apura
E cura…
Revelando entre
areias
Os tempos das idades meias
Tempos que foram
E as eras primeiras…
Os ecos
Das eras devanceiras
Aparecem – sem pressa
Entre o sentir, o ver…
o ser e o servir
Um algo maior
a transparecer
Está por vir
E Ser
Verdade para além do que se pode conceber
Uma luz
Uma voz
Uma forma
sem forma
que nos vem
acolher
Algo vasto, expandido, inquietante
Que já está entre nós
Vaga imensa
Desconexa
Das ligações e nós
Que nos prendem
E limitam
Aquém da promessa
De ser
O que temos dentro
E sermos mais não sós
Está o seu fundamento
Além do tempo
E no tempo
Tem sua própria voz
Está em tudo
Em todos
E – no mais profundo de nós
Encontra esse caminho
De livre
De vivo
De verdadeiramente amigo
Da geração
Sente como
Sem que te atinja ou toque o perigo
O teu destino
É encontrar
O porto de abrigo
Nesse algo
Que te diz
Não estarmos sós
Na voz do vento
Do doce e subtil momento
Que se esvai
Para além do que o próprio tempo
Descai…
Encontras o fundamnto
Desse algo
Além do vento
Que te lembra
O regresso
Ao estado original
Ao mundo sem fundo
No que estás
E mais não estás
Entre as formas
E o tempo
Um momento
Além do medo
O segredo
De gerar
Coma tua atenção
Com os teus puros sonhos
Um mundo novo
A crescer
Desde a palma da tua mão
Algo que uma pura criança
Sem poder
Sem querer
Além de nada
Compreende
E entende
De uma forma considerada
Errada
Entre os que pensam
E sentem
Existe a semente
Dos que sonham
Certamente
Além do tempo
E do presente
Que a verdadeira semente
Do seu ser imemorial
É o transparecer o véu
Que os leva
De volta
Ao eterno vale…
Dai ao mundo que é
Entre tudo
Se liga em tudo
E de tudo
É parte entre mil…
Essência
Descoberta
Digna presença
Que te preenche
E abraça
A ti
E a mim
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