"Eles não sabem..."
Dom Sebastião
feito botão
de rosa em flor...
"...Sonho constante..."
Nevoeiro
o solo fértil
neste recanto
primeiro
"... da Vida..."
para plantar
sementes
de esperança
olhar
erguido
ao ar
sustido
sonhos
e lembranças
das festas
de outrora
"... definida..."
de ser criança
de se fazer
por dentro
o templo
de sustento
desse algo
alimento
de vida
de sonho
além do lamento
conforto
certeza
que se deixa
ao adormecer
na leveza
de se entregar
sem mais pressa
o que pode
ou não voltar…
a entrar
entre
paredes fortes
experiências nobres
florescer
e frutificar
e depois
partilha
de perspectiva
de experiência
de mais-valia
de como
um certo dia
como alguém dizia
os sonhos
se fazem reais
e são a verdade
e a realidade
do dia a dia
além da idade
que se definia
aparece
em primor
algo maior
que se supunha
perdido
entre aqueles
e aquelas
que o guardavam
tesouro
ao abrigo
“Já que me chamas amigo
Prova-me lá que o és”
do esquecimento
o antigo alimento
sustento
tradição
além do lamento
palavra
“Vem para aceifa comigo
Na ceifa sujar os pés”
“Eu vou contigo
para a ceifa
Eu vou comer do
teu pão”
ao vento
sustento
da vida
aqui
neste lugar…
“tu dás-me a
força da vida
Eu dou-te a
minha canção”
como cantam
outrora
as gentes actuais
se as guias
senhoras
se os sábios
se esvaem…
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