Uma estrela no escuro
Uma luz de ar puro
Um ser que se mostre
Entre o tempo
Que demonstre
O fundamento
Do lugar mais seguro
Tenho enviado - por vezes em catadupa – a poesia que - por
aqui nos ocupa...umas vezes menos
quente, outras fria - como zona - que convergente - dois povos une entre o
lusco fusco do novo dia...
São histórias de namoros antigos, de margens de rios e
reinos esquecidos… são momentos de maior viragem – nos que se procura a estrela
da esperança por entre a fria e escura aragem…
São aqueles nos que se É e Sente – quando “podemos” –
quando gente - e mais gente - se une a
aquilo que por dentro sabemos…
E são tantos os outros – ainda amenos… que nos levam e
convergem a pontos nos que – ainda - nos perdemos…
Caminhamos nessa nossa noite escura – uma que outrora a
memória – agora apura…
Essa que fala de gentes – sem luz, sem sol – caminhando
por dentro procurando um farol – da rocha mais pura – que reflectisse sua
verdade nua – em tempos nos que a coruja não via e o galo não sorria… nos
tempos de ser um e em verdade – Interior…
Um só ser
Dois irmãos a valer
Um mesmo mestre
Um sábio que preste
Para manter firme a união
Dois mundos
Numa só Celebração
Esses lugares lacrados, marcados – com chamas pequenas
iluminados – trazidos – agora transformados – nas alminhas que vemos e por onde
passamos – pedras antigas que segredam coisas vivas – os percursos da terra
para quem os siga – para que saiba e consiga – revelos em vida…
Essas peregrinações de gente amiga…meiga para quem o diga
– feita entre a litania… de um mundo se oculta e outro que se ocluía…
Eram os caminhos antergos –que passavam por onde hoje
parece carecer de fundamento… pelas paragens mais esguias , pelas portas mais
firmes e as fortalezas mais antigas – vias de pulsar interior –que nos mostram
– de forma clara e concisa – quando desta terra latem em nós – ainda…
São as Lubres agrestes – pintadas por alheios e mestres –
para espantar por louvor dos Puros que dançavam, já sem as vestes deste nosso
mundo exterior… ainda assim sempre ouvidos e respeitados - espíritos antigos- sopros conservados - por quem de linha e sangue assim ainda vivos assim ainda amados - assim ainda presentes, vivos e respeitados
São as romagens – as peregrinações –a outras paragens –
quando os rudes de coração invadiam o peito amigo de quem assim se fendia – e procurando
dando guarida – iam – de ponto em ponto de coração em coração – por entre este
mundo redondo encontro o caminho recto da chamada “redenção”… que é o caminho
interno que devolve ao centro, ao “core” ao coração…
Esse algo que se manifesta entre a pureza de mais não ver
– nem sim nem não, essa luz branca que reflecte – e certas entoadas festas –
entre quem festeja os que lá já estão… cientes, firmes – presentes e ao mesmo
tempo ausentes – observando cada pequeno irmão, cada pequena irmã – despertando
suavemente como uma linda e bela semente – em promessa de germinação…
pedras antigas ainda não violadas
estradas de vidas
assim com sagradas
E os lugares tantos – vários – ocluídos e velados –
transformados – pelas gentes de mão em mão deste povo antigo – muito mais do
que aquilo que digo – que se mostra sem se ver, que estabelece os pontos sem se
saber – que se junta sem calendário a invocar – que sabe o tempo e o lugar por
dentro à medida que por dentro se achar…
as pedras amigas
que latejam
em luzes luzidias
qeu reflectem
o que teu coração almeja
seja de noite
seja nas noites mais frias
seja no dia
de todos os dias...
Esta a terra linda, as Ophiusas de outros tempos que mudam
as pelas frias, esguias, antigas externas – pelas luzes brancas, pálidas e
amigas . que curam, que ajudam – que caminham connosco – desde sempre – lado a
lado – todos os dias – nos iluminando, lembrando – despertando se assim o ser
quer – o caminho antigo e velado para quem assim quiser e souber ver…
São os lugares de arrivagem, desse ovo antigo – mar de
aragem- que como sopro e sal – veio
convergir no centro entre quem ainda estava a se preparar para acordar…
E pairaram
E habitaram
Essas pedras latentes
De efeitos sagrados
Que alimentam os corpos vivos
Por dentro – amigos
Unidos…
como seres pálidos
Translúcidos
Alheios
Ao que em redor
Eram mundos já velhos
Ainda presentes
Ainda pungentes
nesses luares que sabemos
Nessas “lubres” que despertam
os antigos ecos
Nessas carvalhos espelhos
De um verde tão verde
Como o verde mais puro
que reflectimos por dentro…
O conselho antigo
o antigo conselho
nos lugares mais puros
entre os puros
de desejo...
Outros corpos de si mesmo escravos
Por ainda não se encontrar
A semente
A casca
E a sêmea em si preparados
Orientam sua vidas
E forças antigas
Para manipular
os jogos de outros fados
Esses são os que ainda
Como crianças amigas~
Se esperam
Noutros dias
Despertem
E vejam
As sementes vivas
A seu próprio lado
Sendo assim
Finalmente orientados
Sem mais revelia
assim reencontrados
Como assim fomos um dia
Assim nos mostramos
Com plena consciência
Da natureza antiga
Cálida, acolhedora
amiga... Luzidia
Vida em vida
Sonhadora
Que em ti
e em mim
em rosto amigo
revelamos
Da Fonte da vida
Espelho de sintonia
Que todos no peito levamos…
Sem comentários:
Enviar um comentário