segunda-feira, 7 de julho de 2014

O caminho das luzes antergas .- luzidias nas noites frias quando o calor aperta



Uma estrela no escuro
Uma luz de ar puro
Um ser que se mostre
Entre o tempo
Que demonstre
O fundamento
Do lugar mais seguro




Tenho enviado - por vezes em catadupa – a poesia que - por aqui nos ocupa...umas vezes  menos quente, outras fria - como zona - que convergente - dois povos une entre o lusco fusco do novo dia...

São histórias de namoros antigos, de margens de rios e reinos esquecidos… são momentos de maior viragem – nos que se procura a estrela da esperança por entre a fria e escura aragem…

São aqueles nos que se É e Sente – quando “podemos” – quando gente - e mais gente -  se une a aquilo que por dentro sabemos…
E são tantos os outros – ainda amenos… que nos levam e convergem a pontos nos que – ainda - nos perdemos…

Caminhamos nessa nossa noite escura – uma que outrora a memória – agora apura…
Essa que fala de gentes – sem luz, sem sol – caminhando por dentro procurando um farol – da rocha mais pura – que reflectisse sua verdade nua – em tempos nos que a coruja não via e o galo não sorria… nos tempos de ser um e em verdade – Interior…


Um só ser
Dois irmãos a valer
Um mesmo mestre
Um sábio que preste
Para manter firme a união
Dois mundos
Numa só Celebração

Esses lugares lacrados, marcados – com chamas pequenas iluminados – trazidos – agora transformados – nas alminhas que vemos e por onde passamos – pedras antigas que segredam coisas vivas – os percursos da terra para quem os siga – para que saiba e consiga – revelos em vida…

Essas peregrinações de gente amiga…meiga para quem o diga – feita entre a litania… de um mundo se oculta e outro que se ocluía…

Eram os caminhos antergos –que passavam por onde hoje parece carecer de fundamento… pelas paragens mais esguias , pelas portas mais firmes e as fortalezas mais antigas – vias de pulsar interior –que nos mostram – de forma clara e concisa – quando desta terra latem em nós – ainda…

São as Lubres agrestes – pintadas por alheios e mestres – para espantar por louvor dos Puros que dançavam, já sem as vestes deste nosso mundo exterior… ainda assim sempre ouvidos e respeitados - espíritos antigos- sopros conservados - por quem de linha e sangue assim ainda vivos assim ainda amados - assim ainda presentes, vivos e respeitados



São as romagens – as peregrinações –a outras paragens – quando os rudes de coração invadiam o peito amigo de quem assim se fendia – e procurando dando guarida – iam – de ponto em ponto de coração em coração – por entre este mundo redondo encontro o caminho recto da chamada “redenção”… que é o caminho interno que devolve ao centro, ao “core” ao coração…

Esse algo que se manifesta entre a pureza de mais não ver – nem sim nem não, essa luz branca que reflecte – e certas entoadas festas – entre quem festeja os que lá já estão… cientes, firmes – presentes e ao mesmo tempo ausentes – observando cada pequeno irmão, cada pequena irmã – despertando suavemente como uma linda e bela semente – em promessa de germinação…



pedras antigas ainda não violadas
estradas de vidas
assim com sagradas


E os lugares tantos – vários – ocluídos e velados – transformados – pelas gentes de mão em mão deste povo antigo – muito mais do que aquilo que digo – que se mostra sem se ver, que estabelece os pontos sem se saber – que se junta sem calendário a invocar – que sabe o tempo e o lugar por dentro à medida que por dentro se achar…


as pedras amigas
que latejam
em luzes luzidias
qeu reflectem
o que teu coração almeja
seja de noite
seja nas noites mais frias
seja no dia
de todos os dias...


Esta a terra linda, as Ophiusas de outros tempos que mudam as pelas frias, esguias, antigas externas – pelas luzes brancas, pálidas e amigas . que curam, que ajudam – que caminham connosco – desde sempre – lado a lado – todos os dias – nos iluminando, lembrando – despertando se assim o ser quer – o caminho antigo e velado para quem assim quiser e souber ver…




São os lugares de arrivagem, desse ovo antigo – mar de aragem- que como sopro e  sal – veio convergir no centro entre quem ainda estava a se preparar para acordar…
E pairaram
E habitaram
Essas pedras latentes
De efeitos sagrados

Que alimentam os corpos vivos
Por dentro – amigos
Unidos… 
como seres pálidos
Translúcidos
Alheios


Ao que em redor
Eram mundos já velhos
Ainda presentes
Ainda pungentes 
nesses luares que sabemos

Nessas “lubres” que despertam 
os antigos ecos

Nessas carvalhos espelhos
De um verde tão verde
Como o verde mais puro 
que reflectimos por dentro…

O conselho antigo
o antigo conselho
nos lugares mais puros
entre os puros
de desejo...




Outros corpos de si mesmo escravos
Por ainda não se encontrar
A semente
A casca
E a sêmea em si preparados




Orientam sua vidas
E forças antigas
Para manipular 
os jogos de outros fados

Esses são os que ainda
Como crianças amigas~

Se esperam
Noutros dias

Despertem
E vejam
As sementes vivas
A seu próprio lado



Sendo assim
Finalmente orientados

Sem mais revelia 
assim reencontrados
Como assim fomos um dia
Assim nos mostramos

Com plena consciência
Da natureza antiga
Cálida, acolhedora
amiga... Luzidia

Vida em vida 
Sonhadora



Que em ti
e em mim
em rosto amigo
revelamos

Da Fonte da vida
Espelho de sintonia

Que todos no peito levamos…


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