sábado, 12 de julho de 2014

Espelhos... flores de água e conselhos...

 
quando o coração se abre
as serpentes deixam passar
o caminhante
para de novo entrar
Sustidos e assim prezados

Em gestos amigos sustidos

Como outrora, tempos antigos

Assim eram celebrados

 

Portas abertas, de novo libertas

Sem nada dentro trancado

 

Paisagens desertas de gestos

de acolhimento mais não velado

 

Olhares em olhares

Sem medo

ou desejo apertado

 

Simplesmente livres

Olhando-se, reconhecendo-se
 

Espelho de alma:
segredo guardado

Lado a lado,
costas com costas
 
sempre
sempre
achado

 

Caminho guardado,

entre o que mais gostas
disfarçado...

 

 

 

Sejam as aldeias pequenas

Que nos mostrem
o segredo guardado

De se ver e acolher

Todo aquele que por
aqui tem passado

 

Seja a força a inteireza,

de se ter assim mantido

Sustido

Sem nada de si ter entregado

 

Seja esse porte de verdadeira nobreza

Aquela que mais não verga

Perante o tempo que aperta

Perante a duvida certa

Perante o que aparenta

E alimenta

O que por dentro o sustenta

Esse medo -  em nós – assim apagado

 

 

Sejam esses cantos, de novo celebrados

Entre gentes e pessoas vivas

Mais não entre gestos olvidados

 

Entre pequenos espaços vazios

De novo espaços vivos

De novo lugares guardados

 

Entre luzes esquecidas

Entre ruas antigas

Cheias de pequenos empedrados

 

Sejam os novos dias

De novo celebrados

De gentes realmente vivas

Nos quadrados mais centralizados

 

Sejam as praças de novo reerguidas

Entre festas e romarias

De jeitos nossos assim marcados

 

Sejam as portas de novos dias

Com sinais assim engalanados

 

Sejam flores em vez de cravos

Sejam as pedras vivas

Nos sorrisos de gentes amigas

 

Em vez de grandes crescentes

De outros tempos poentes

Hoje – por ora – velados

 

Sejam os pequenos presentes

Que se dão: mano a mano

 

Que se fazem assim presentes

Por se saberem de novo achados

 

Que nas costas desde sempre

Temos o terreno guardado

Que não é preciso temer

Que se esvaia o escudo erguido

Luzidio do novo brio temperado

 

 

 

Que sabendo que se erguem

Torres de marfim firme

E luzidio, Ingreme demais

para ser “conquistado”

 

Que aquilo reluz por dentro

É assim partilhado

Sem mais jogos de luz

Que posam tecer entramados

 

De teias de finos fios

Que ceguem o louvor encontrado

Que de novo levem

O valor que nos foi revelado

 

Que as paredes de luz viva

Se fazem com gente amiga

Povo de novo irmanado

 

Quando tempo premeia

E a dor é tão cheia

Seja a nossa alegria

O valor que nos premeia
 
 

 

Entre tanto ser que procura

Neste caminho, tempo apura

Neste caminho tempo assegura
 
 

 

Encontrar essa gente (clicar certamente)

A mais pura , Seja de novo

Poder encontrado

 caminhar livre erguido

Jeito de se ser honrado
 
 

 

Entre tanto que ainda dura

Entre tanto que espera

O que o mundo descura

aqui o que parecia pagado

 

Seu lugar, sua virtude

Seu jeito antigo

O tempo de novo traga

Um sopro de sonhos

Algo assim concretizado
 
 

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