E ouvir uma certa música no ar- e compreender que desde o
Mar – o grande Amar ambos convida a dançar novamente – desde sempre – ao suave
Luar… e nas florestas marcadas –em dias e horas ignoradas – gentes congregados
surgem e se encontram – e são assim – palmo a palmo elevadas – desde dentro –
suas metas ansiadas – para fora – sua verdade e luz irradiada – partilhada –
sem mais nada – sem cerimonial nem outra forma hierarquizada – simplesmente por
o ser – simplesmente por saber e se atrever a despir de si o medo, a dúvida o
degredo de continuar a vagar sem rumo – e assumir o estranho sumo – de mostrar
– de ver reflectida, reflectidos noutro mesmo olhar – de luz a crepitar – uma
luz branca que mostra – nus – seres alvos de vida a pairar – em nosso ser, em
nosso redor – como tem de ser – desde o ocaso a este novo alvor…
E essas são os lugares vedados, pelo povo guardados – por
entre as pedras erigidas – conservados – pedras que falam, carvalheiras,
sobreiros e oliveiras – juntos numa mesma cadência –de vida inteira – além de
quem pense ou queira – ver as suas músicas, as suas luzes sempre tão belas –
desde sempre além do que a vontade queira – despertar, luzir e germinar – como
sementes de árvores viventes a despontar…
E caminhar em redor da árvore maior –a da vida que em si
louvor… e entrelaçar as linhas – vivas que irradias – com o ser que em ti
aninhas, com os seres questão da tua mesma cor interior… e sentiras essa
sintonia, essa nova melodia – essa Letargia anterga – antiga – que se ocupa e
se mostra nestes nossos dias, nestas nossas terras que pareciam de lonjania…
Cada lugar - um outeiro e um ponto a guardar cada população um fogo de amor a se mostrar –
cada par envolta da roda a girar – seres irmãos amigos para além do que se
possa contar – se foste chamada – chamado – para mostrara chama do teu ser
amado – esse que não se vê que canta na saia da carolina ainda que pouca gente
o crê…. Verás o mundo começara girar – numa outra cadência – num outro rumo a
tonar…
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