Olha em redor... vê as crianças e a brisa no seu cabelo.... vê as mulheres sem medo... vê os homens erguidos... vê anciões firmes pelo tempo... olha o rosto do seu rapaz... contempla a cara da raínha que é seu par... e igual... "ISTO É PORTUGAL!".... era bom ouvir algo assim, não era?
Há sempre sonhos a salvaguardar:
Das curvas do destino, das vidas a preservar...
desta mesma vida que é caminho e se faz caminho ao andar...
Há sempre um hino - de louvor a cantar:
em cada gesto fino em cada passo entre a névoa que ousamos dar...
Há um tempo - perdido - no que nos pudémos abraçar:
como do Norte desceu um rio e o Sul verdejou com uma outra vida a singrar...
Mudaram-se tempos, transformaram-se vontades...
uns contaram o que foi, outros deixaram a história em partes...
Assim, ficou o destino - um mundo a unir - daquilo que fora estio fazer Primavera a Florir
Diz ao rei do das vanidades, que - aqui - confronta seres LIVRES...
"Livres?... os vossos FILHOS - serão ESCRAVOS, as vossas mulheres... os vossos ANCIÃOS... serão escravos... vocês... vocês são homens MORTOS!... e as nossas flechas vão cobrir o SOL...
Não te preocupes LACAIO - nós lutamos nas sombras... mas LUTAMOS!...
Era bom ouvir de x em quando
Atalaias da pátria - que se guarda no profundo do ser;
coração consagrado que palpita para quem o puder ver...
Nele está guardada - a essência do graal...
o que gera as gentes honradas,
os povos livres e o amplo AMAR...
Nós - nos costas deste Eterno - morriña, saudade sem par -
guardamos paragens antigas, portas para a terra viva
Pátria que não podemos pisar...
Pois ainda aguarda o dormente na sua torre de cristal,
o nosso extremo oriente á a sua razão final...
Entre os pilares do mundo - ainda há duas árvores a cantar:
uma refere que o fundo é o céu de outro lugar....
A outra canta profundo... mais do que se possa imaginar:
preenche tua vida de vida e dá sentido ao teu peregrinar;
quando as duas árvores cantem, num mesmo som a ecoar
- esteremos perto dessa "terra" que nos foi dada a guardar
não porque sejas rei... ou marido... ou cidadão... simplesmente questiona-te - meu IRMÃO:
"QUE DEVERÁ FAZER UM HOMEM LIVRE?"
de momento é tempo - de reunir... congregar
as hostes fiéis e firmes - dos que são livres para lutar...
"Outros" chegam de mansinho... subtis subterfúgios para nos dar...
Olhos vazios que brilham no escuro... serpentes frias para nos dominar...
Oferecem tesouros e brios... a quem se quiser vergar
pequenas jóias de vidro para -. em troca - a nossa vida roubar...
é tempo de estar atento - é tempo de despertar
- guarda negra eleva estandarte - saibam eles que há "quem" aqui a guardar...
assim
- de mansinho vêm...
de mansinho, para o abismo podem voltar...
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