sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

CINZAS DAS NEGRAS SOMBRAS @O RUBINASCENTE... SOL DO A DO... PERGUNTA QUEM TRAZES E QUEM BEM FICA @! SIM @ TEU LADO...




Fernando Pessoa

IV. O MOSTRENGO

        IV
        O MOSTRENGO
mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»


um@
VONTADE
nasce
no
fundo
do
SER

um@
VONTAD@

ir

correr

mundo


um@
luz
brilh@
ofusc'@s
 dem @ is


«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso,

«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo

E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»


Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:



«Aqui ao leme sou @ mais do que eu:

Sou 
d'um 
Povo 
que 
quer 
@mar

que 
@
teu;




m@is...

que 
@!



o destino
amig@
nasceu
um dia
numa noite
fria
quando 
quem
navegava
sentia
que
estava
longe
da
terra
que
bem
amava


mostrengo,



vem
nanoite
de breu
a procura
não 
houver
@
que
lhe
vale
r
@

casa de pão 
praças
do
ser do
ado
assim gente
de asas
em mente
que 
pensam que abrasam 
que 
sentem 
quando 
tam bem 
passam

@! 
do 
lem@
da tal
casa
de pºão
de tal terra
sem nome
assim
esquencida 
de 
si 
mesm'@
 fri@
até 
bem 
se 
des
per
t
ar
o
ra 
assim
tam
em 
bem 
sendo

@s
si
n
h
@
m
@
qu@
n
d'
@

bem
dizer

@
 bem
@


g
@
r




eg
reg
i@
s

@
v
@
s

se 
ficaram
ver 
prin
cip
i
@








d@'s
 medo

esfri@s

es'@s
lend@'s
@mais 

dig
n@'s




que
minh'@lm@human@ 
tem'@
dess'@ força menos 
treva mais sublim@;
quando 
@ssim 
se tem
com
b@ 
t@ 
- atend'@!.. 
@ssim
tão
bem
luz
i
@

com 
bem @ dizer 
@ bem @ cuid@

@ roda.... nas trevas... d@ 0 fim... @d@ o mundo;


Manda @ vontade, quem m@ ata ao leme,


De El-Rei D. João Segundo!»


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