domingo, 6 de outubro de 2013

Ta ai o G rão


as brincadeiras, dos antigos 
- apenas inham sentido - 
para trazer os mais pequeninos 
para a beira da sua tradição ancestral...

Hoje 
- todos peregrinos - 
temos brincadeiras com seres vivos - 
trazidos desde outra direcção...

Seja a linguagem o que se expõe, 
seja o sol que se põe 
- quando nasce onde nasce e o ainda se mostra sem máscara - 
tragicómica ou farsa...


há outros -  que para ser criança - 
que são uns poucos que mostram sua graça 
- como a guarda de esquerda é destra e como sinistra 
- rosa mente falando nos indica a hora certa...


fica a memória antiga - mesmo ali ao lado - a despedida

sejam os leitos dos deitados em vida

sejam os lugares antigos onde se expunha a vítima esquecida


lugares escavados na rocha por vilões e escravos 
- para deitar outros que dormiam connosco mesmo ao lado..


O granito encerra o segredo - do quartzo e do se ritmo ledo

Um coração pulsante que dá força e vida a quem está de passagem...

Talvez fosse assim - que se curavam, cuidavam ou deixavam ir

Os de outrora sabiam o que os de agora esqueciam 
 quando racharam pedras antigas, 
roubaram suas lendas amigas, 
traficaram em tendas 
o que era património 
sem margem para venda...

Sobram os ecos, 
das pedras queimadas
 - pela ansia cega de quem sabe e estraga...

Sobram as carvalheiras sagradas 
- esquecidas um dia pelo machado do verdugo cortadas...

estes que dormiam - alma no vento suspirando além do tempo
norte cabeça 
- pés para sul - 

Mostra o Relógio a hora 
na que voltarão a erguer 
a memória 
da sua eterna luz...




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